Jair Bolsonaro abriu os discursos na ONU; Joe Biden defendeu a saída dos EUA do Afeganistão

 

O presidente Jair Bolsonaro discursou nesta terça-feira na 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU)), em Nova York, apresentando um governo sem corrupção, falando da Amazônia, defendendo a vacinação contra a Covid-19. Já o presidente Joe Biden diz que o mundo vive um ‘ponto de inflexão’ diante das crises, celebra papel da democracia e acena para aliados históricos ao negar a existência de uma ‘nova Guerra Fria’  

 

Da Redação

O discurso do presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira, na 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU)), em Nova York foi sucinto – com objetividade dos temas. Ele abordou sobre os dois anos sem corrupção em seu governo; do crescimento das estatais no Brasil, também se posicionando contra o chamado passaporte sanitário, que confere benefícios às pessoas que tenham se vacinado contra a Covid-19. Ele abriu o pronunciamento apresentando um Brasil diferente, “do que mostram os jornais e televisões”, em ataque à imprensa esquerdista.

Em seguida, houve o pronunciamento de Joe Biden, em seu 1º discurso na ONU como presidente dos EUA.  Biden diz que o mundo vive um ‘ponto de inflexão’ diante das crises, celebra papel da democracia e acena para aliados históricos ao negar a existência de uma ‘nova Guerra Fria’. Segundo o presidente, as decisões desta década influenciarão todo o curso da História. “Nós nos encontramos em um momento de grande dor, mas de oportunidade extraordinária”, afirmou.

 

Discurso de Bolsonaro

Disse o presidente Jair Bolsonaro que o Brasil estava “à beira do socialismo” – se referindo a governos anteriores –, também defendeu asilo humanitário apenas para afegãos cristãos. Falou da importância da comunidade indígena no país, “que está praticamente vacinada”; dizendo ainda que 84% da Floresta Amazônica está preservada, convidando os chefes de Estados para visitar a Amazônia.

Pandemia – “Desde o início da pandemia, apoiamos a autonomia do médico na busca do tratamento precoce, seguindo recomendação do nosso Conselho Federal de Medicina. Eu mesmo fui um desses que fez tratamento inicial”, disse o presidente, se referindo ao tratamento alternativo contra a Covid.

“Respeitamos a relação médico-paciente na decisão da medicação a ser utilizada e no seu uso ‘off-label’ (fora do que prevê a bula). Não entendemos porque muitos países, juntamente com grande parte da mídia, se colocaram contra o tratamento inicial. A história e a ciência saberão responsabilizar a todos”, acrescentou Bolsonaro.

Bolsonaro também disse defender a vacinação contra a Covid-19 e afirmou que, até novembro, todos os brasileiros que quiserem poderão se imunizar.

Entretanto, ele se posicionou contra restrições adotadas por países contra pessoas que se recusam a tomar a vacina. “Até novembro, todos que escolheram ser vacinados no Brasil, serão atendidos. Apoiamos a vacinação, contudo o nosso governo tem se posicionado contrário ao passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada a vacina”, disse Bolsonaro.

 

Discurso de Biden

O presidente Joe Biden fez o seu primeiro discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, e ao abrir a fala, disse que o mundo se encontra diante de um “ponto de inflexão”, com as múltiplas crises incluindo a pandemia, e que as decisões tomadas nesta década definirão o futuro. “Nós nos encontramos em um momento de grande dor, mas de oportunidade extraordinária”, afirmou Biden.

No discurso, Biden defendeu que a Covid-19 e suas variantes ainda são motivo para preocupação e defendeu que o poderio militar não deveria ser usado indiscriminadamente pelos EUA e por outros países. “Bombas e balas não servirão para defender o mundo da Covid-19 e de suas variantes”, afirmou.

Biden defendeu a saída dos EUA do Afeganistão e o fim da guerra travada há 20 anos, celebrando a “era da forte diplomacia”. Ele reconheceu, porém, os riscos ainda existentes do terrorismo.

O presidente também exaltou a União Europeia, irritada com o recente acordo americano com Reino Unido e Austrália. Ainda assim, Biden reforçou a importância do fortalecimento dos laços com aliados do Indo-Asiático, o que inclui os australianos.

Sem citar nominalmente nenhum país rival, Biden rejeitou a ideia de uma “nova Guerra Fria”, mas disse que os EUA se opõem a “países mais fortes que tentam controlar os mais fracos”.

 

 

 

Fonte: Nossa Gente