ISAC GODINHO
BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil de Minas Gerais investiga denúncias de supostos abusos sexuais contra crianças e adolescentes de 6 a 15 anos de idade em uma das principais escolas particulares de Belo Horizonte. De acordo com a polícia, até a manhã desta sexta-feira (1º) foram formalizados 16 registros de ocorrência.

Os casos teriam ocorrido em uma das unidades da rede Coleguium, no bairro Nova Suíça, na região oeste da capital mineira. O suspeito de ter cometido os abusos é um funcionário que trabalhava na escola havia menos de três meses. Segundo a instituição, ele foi afastado do trabalho logo após as primeiras denúncias.

Imagens de câmeras de segurança do colégio foram entregues à Polícia Civil e estão sendo analisadas. A corporação declarou que mais informações sobre o caso e a natureza dos possíveis crimes serão divulgadas somente depois da conclusão das investigações.

Em nota, o Coleguium afirmou que desde o recebimento da primeira denúncia acionou os setores de compliance e jurídico para tratar da situação, com o auxílio de uma organização especializada independente. A coordenação do colégio está recebendo os responsáveis pelos estudantes para informar sobre as medidas que estão sendo tomadas.

“A gestão está, desde o primeiro momento, em diálogo transparente com as famílias por meio de atendimento em grupo ou individual. Uma equipe de psicólogos especializados está atuando para a elaboração de ações direcionadas aos colaboradores, professores e alunos. A partir da próxima semana, o atendimento psicológico da unidade também será reforçado”, afirmou o colégio.

A rede Coleguium atua no ramo da educação há 35 anos. De acordo com resultados do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2019, o colégio de BH ficou entre os dez melhores do país.

“A rede declara que essa situação, extremamente sensível, está abalando a comunidade escolar como um todo e que está trabalhando intensamente para, juntos, passarem por esse desafio inédito na história do colégio, com todos os fatos esclarecidos”, diz a instituição.