SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um suspeito do assassinato da menina Beatriz Angélica Mota, morta aos 7 anos dentro de uma escola em Petrolina (PE), foi identificado nesta terça-feira (11), mais de seis anos após o crime.

O homem foi identificado por meio de análises do banco de perfis genéticos do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos, que identificou o DNA recolhido na faca utilizada no crime, que pertence a uma pessoa já no sistema carcerário do estado, presa por outros crimes. Interrogado, o investigado confessou o homicídio, segundo nota divulgada pela SDS (Secretaria de Defesa Social), e foi indiciado.

Beatriz foi morta em 10 de dezembro de 2015 durante a festa de formatura do Colégio Nossa Senhora Maria Auxiliadora. Aluna do 2° ano do ensino fundamental, ela foi atacada com 42 facadas.

A menina foi ao evento acompanhada dos pais, Lúcia e Sandro, que trabalhava como professor de inglês na instituição. Segundo a polícia, em determinado momento o pai da criança saiu da mesa em que estava com a mulher e a filha para participar da cerimônia de encerramento do 3° ano do ensino médio.

Quando voltou, a mãe já estava preocupada porque a menina sumiu sem que ela visse. O professor chegou a usar o sistema de som da festa para pedir informações, mas Beatriz foi encontrada já sem vida, com uma faca cravada no tórax, em uma sala ao lado da quadra poliesportiva do colégio, onde acontecia a formatura. O corpo não tinha sinais de violência sexual.

Sem avanços nos primeiros anos, uma força tarefa foi criada em 2019 pelo governador Paulo Câmara (PSB) para tentar encontrar o culpado. A equipe revisitou todo o inquérito e realizou novas diligências.

A reportagem entrou em contato com a SDS para confirmar a identidade do suspeito e buscar sua defesa. Quando houver resposta, a matéria será atualizada.

Uma coletiva com mais informações sobre o trabalho de investigação está marcada para as 9h desta quarta (12), com representantes da Polícia Civil, Polícia Científica e Ministério Público de Pernambuco.