Mr. Link, voz do ator Zach Galifianakis (Cortesia: Laika Studios / Annapurna Pictures)

Nos últimos dez anos, o estúdio Laika produziu incríveis animações em stop motion como Coraline (Coraline e o Mundo Secreto), ParaNorman (ParaNorman), The Boxtrolls (Os Boxtrolls) e Kubo and the Two Strings (Kubo e as Cordas Mágicas). Esses quatro filmes com cinco indicações aos prêmios Oscar encontramos uma mistura de bons elementos como os temas, a inclusão e as histórias originais ou adaptadas.

Dessa vez, o estúdio traz mais uma encantadora animação, Missing Link, uma aventura de uma das espécies de pé grande, que é divertida, mas não tão emocionante como Kubo and the Two Strings (2016) e nem tão inesquecível como Coraline (2009). As técnicas usadas na animação do premiado estúdio também evoluíram ao longo dos anos, de modo que as imagens se diferem um das outras. No entanto, a principal similaridade que todos eles têm, é ter um ambicioso espírito narrativo ancorado por personagens carismáticas e convincentes.

Missing Link acompanha o Sir Lionel Frost, voz do ator Hugh Jackman, que se considera o melhor explorador de mitos e monstros do mundo. O problema é que nenhum dos seus colegas o leva a sério. Até que o Mr. Link , recruta o explorador para ajudá-lo a encontrar seus parentes há muito tempo perdidos no lendário vale de Shangri-La. Ao lado da mais nova aventureira do pedaço Adelina Fortnight, este trio de exploradores viajam pelo mundo para ajudar seu novo amigo. Além de Jackman, estão no elenco de vozes Zoe Saldana, Zach Galifianakis, Timothy Olyphant, Emma Thomspon, Stephen Fry, entre outros.

Sir Lionel Frost, voz de Hugh Jackman, Mr. Link voz de Zach Galifianakis, e Adelina Fortnight, voz de Zoe Saldana (Cortesia: Laika Studios / Annapurna Pictures)

Nesse filme escrito e dirgido por Chris Butler, o visual é incrível e cheio de estilo.  Há piadas engraçadas que envolvem as proporções de quase dois metros e meio do Mr. Link, tamanho que não é adequado para uma banqueta de bar, um trem ou até mesmo para um terno xadrez de um humano. Também, tem seu hábito de fazer e entender tudo o que Frost diz ao pé da letra, como uma criança pequena.

Voltando ao estilo, ele ilustra uma combinação elaborada de stop motion e computação grafica, simplesmente impressionante! Fantástico! Nenhum detalhe foi poupado, desde a textura do figurino apropriado a era Vitoriana, aos pêlos do Mr. Link, que no meio da trama se autonomeia Susan, e dos Yetis até as paisagens de montanhas cobertas de neve e a desordem das movimentadas ruas de Londres. Tudo muito vivo e colorido.

As animações da Laika são feitas de forma tão intricada que você pode assisti-las várias vezes e, cada vez, você encontra algo novo para focar ou para admirar, particularmente no fundo da cena e personagens secundários que você, com certeza, não reparou na primeira vez.

O diretor Chris Butler no set de filmagens de “Missing Link” (Cortesia: Laika Studios / Annapurna Pictures).

O que faltou, por trás de toda sua habilidade técnica, foi simplesmente a inspiração, aquele toque extra, o algo a mais, de humor ou de imaginação. Há mensagens positivas sobre amizade, identidade, inclusão, parceria e temas de empatia e trabalho em equipe. Mas, como não temos uma personagem mais jovem como Kubo ou Coraline, considerando o enredo e o humor, Missing Link é mais adequado para crianças na faixa etária de mais de sete anos.

Com certeza, um filme para se divertir e que vai encher seus olhos por conta da impecável animação!

Missing Link já está em cartaz desde o dia 12 de abril, sexta-feira.

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Fonte: Gazeta News