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Oeste Americano é marcado por belas paisagens

Oeste Americano é marcado por belas paisagens

Com inúmeras paisagens de tirar o fôlego, o Oeste Americano é uma das regiões mais belas e emblemáticas do planeta. Tudo isso, regado a muito mistério e a muita história, em um percurso que vem desde a época do período colonial americano, com suas famosas tortas de maçã — lembra do Zé Colmeia? —, até ao high-tech Vale do Silício, com suas famosas Microsoft, Google, Facebook, LinkedIn, e tantas outras. No meio desse percurso, a história de Hollywood, Beverly Hills, Disneyland, Lego Land… Céus! Por onde começar? Pelo começo, é claro. Então vamos lá.

Estados Unidos não é um país de origem inglesa

Era uma vez… no começo dos anos 1500. Os ingleses, e outros europeus, tinham chegado às terras americanas. Depois de muita mortalidade — por conta das doenças que contraíam na região e, também por causa das disputas com os índios —, no final do mesmo século a Inglaterra, a Espanha, a França e a Holanda resolveram criar programas de colonização. A ideia era que, se formassem colônias com famílias inteiras, conseguiriam se estabelecer, e marcariam de vez a sua presença no novo mundo. E assim chegaram as primeiras famílias, formando colônias, que depois tornaram-se os estados, que, futuramente, unificaram-se, tornando-se os Estados Unidos da América.

As famílias espanholas fundaram a colônia Nova Espanha, que são os atuais estados da Flórida, Novo México, Texas e California, sendo que nestes três últimos, entraram através do México, onde já eram colonizadores. As francesas, fundaram a colônia Nova França, na região dos grandes lagos, onde ficam os atuais estados de Michigan e Illinois, na região norte do Rio Mississippi, descendo até o estado de Louisianna no sul do rio. As holandesas fundaram a colônia Nova Holanda, habitando os atuais estados de Nova Iorque (especialmente a ilha de Manhattan, que hoje faz parte da famosa cidade de Nova Iorque), Nova Jersey, e parte dos estados vizinhos. E as inglesas fundaram a colônia Nova Inglaterra, que são os atuais estados das Carolinas, Nova Escócia, Virginia, Georgia, e parte da vizinha Flórida. Mas não foram só essas. A Suécia e a Rússia também fizeram parte dessa história. As famílias suecas fundaram a colônia Nova Suécia, que compreendia a atual região de Dellaware, parte de Nova Jersey e parte da Pennsylvania. E as famílias russas firmaram-se no Alaska, onde fundaram a colônia Nova Rússia.

Mas e o que aconteceu com os índios? Bem, diz-se que, além das disputas com europeus e as disputas entre si mesmos, muitos foram igualmente dizimados por doenças contraídas no contato com os europeus, que, naturalmente, eram hospedeiros de vírus e bactérias desconhecidos na região, contra os quais os índios, naturalmente, não tinham defesa.

Então, pasme! Quer dizer que afinal os EUA não são realmente um país de origem inglesa? Isso mesmo. Na verdade, é um país de origem múltipla, em que a colônia inglesa acabou dominando. Por conta disso, durante anos houve uma grande polêmica sobre qual deveria ser o idioma oficial: inglês, holandês, francês, espanhol, alemão… E, acredite se puder, a briga continua.

Mas o que o Oeste Americano tem a ver com tudo isso?

Por que o faroeste não é mexicano

Bem. Vamos por partes.
Como todo e qualquer acampamento, era natural que as colônias se estabelecessem próximo da água potável. É uma questão de sobrevivência. Então, inicialmente, a região dos grandes desertos e cânions, que é a maior parte dos EUA, ficou de fora por um tempo. Passaram-se os anos e, enquanto as outras colônias se desenvolviam em suas respectivas regiões, os colonos da Nova Espanha foram aos poucos descobrindo fontes de minério nos desertos e avançando cada vez mais. Assim surgiram as primeiras vilas de mineiros — essas tais cidadezinhas do faroeste que se vê nos filmes de “bang-bang”. Com o tempo foram surgindo brigas entre famílias da colônia pela posse das minas. Daí formaram-se os “cartéis” da mineração. Além de comercializarem o minério através do México ou via costa oeste para o Canadá e a Ásia, passaram a cruzar o país para comercializar no leste, enfrentando os índios pelo caminho. Em meados dos anos 1700 surgiu a Revolução Industrial inglesa, seguida da americana, e com isso as máquinas. Uma delas, o trem. O que poderia ser melhor para cruzar o país com cargas de minério? E assim inciou-se a construção de ferrovias, que para cruzar todos esses desertos, envolveram muita confusão com os nativos, que sentiam-se invadidos, e com a demarcação de território entre os senhores da mineração.

O comércio de minério aumentou e deu lugar à oportunidade de criar novos negócios focados no beneficiamento do minério, levando famílias inteiras a se mudarem para o oeste, formando novos assentamentos ao longo da ferrovia, ou grilando terras para criar cavalos e gado bovino. As famílias dos mineiros, por sua vez, com o enriquecimento, passaram a ter novas necessidades, o que levou outros forasteiros a abrir lojas de diferentes tipos de produtos, além de serviços, criando comunidades que aos poucos iam se organizando. Enquanto isso, os marginalizados do desenvolvimento formavam bandos, querendo marcar território entre si no domínio dessas cidadezinhas, assaltando seus novos habitantes, os mercadores e os trens. Cada vez era um bando, e se dois bandos se encontrassem, era tiroteio entre os dois e quem mais estivesse por ali. Os habitantes com maior comércio nas cidadezinhas dividiam entre si a organização da comunidade e o poder sobre a mesma, e destacavam alguém que seria responsável por manter a ordem e proteger dos “famigerados” bandos. Esse, era o “xerife”. E isso tudo, é o enredo da vida real que deu origem aos filmes de “bang-bang”.

Bang-bang, Rota 66 e cidades-fantasma

A essa altura, já há muito que as colônias haviam se tornado “estados unidos”. O desenvolvimento frenético causado pela revolução industrial deu lugar à indústria automobilística e às estradas de rodagem, enquanto o desenvolvimento do comércio entre oeste e leste suscitava a curiosidade dos então já estado-unidenses do leste, que ouviam falar das maravilhosas paisagens dos desertos, dos cânions e das lindas praias do Pacífico. Foi então que, em meados dos anos 1920, iniciou-se a execução de um projeto rodoviário que visava construir uma estrada para facilitar o acesso de carro até o oeste do país, começando na região de Chicago e terminando em Los Angeles, e que futuramente seria chamado de “Rota 66”.

O Rio Mississippi praticamente corta os EUA em leste e oeste, pois ele nasce um pouco acima da região de Chicago e termina em New Orleans, desembocando no mar do Golfo do México. Significa dizer que, entre a costa leste e o Rio Mississippi, era o Leste Americano, a região desenvolvida, ou, por assim dizer, os Estados Unidos. E do Rio Mississippi até a costa oeste, era o Oeste Americano, chamado pelos então estado-unidenses de “Western America”, ou “Far West” — daí o termo em português “faroeste” —, onde tudo o que havia era muito deserto e aqueles típicos vilarejos ao estilo caubói, no meio do nada.

Durante anos a construção da estrada enfrentou muitos conflitos com mineiros e índios, por questões territoriais. Os mineiros por território comercial e os índios por território natural, e, portanto, estes também tinham conflitos entre si. Para boicotar a construção da rodovia, os mineiros literalmente mudavam seus vilarejos para cima da rodovia tornando-a um beco sem saída. Por conta disso, ela sofreu várias modificações para fazer os desvios, que, por motivos topográficos e territoriais, muitas vezes fugiram totalmente do projeto original. Os trechos bloqueados acabavam sendo utilizados para a carga, já que ajudavam a preservar as rodas das carruagens. Graças a isso, mantiveram-se trafegáveis até aos dias atuais. Isso, é a Rota 66 original. E também graças a essa questão, alguns desses vilarejos resistiram ao tempo e puderam ser preservados como patrimônio histórico, embora hoje sejam inabitados. São hoje as cidades-fantasma de Oatman, Kingman, Seligman, Calico, e outras, abertas à visitação turística.

De Hollywood para o mundo

Já era 1949 quando a Rota 66 foi finalmente concluída, e inaugurada. Nessa época, a General Motors estava lançando a versão “sedã” do modelo Cadillac. Foi um grande sucesso de vendas. Centenas de famílias do leste, sedentas por conhecer as belezas do oeste, trataram de comprar o carro para fazer a grande aventura de cruzar o país. Eram tantos Cadillac’s inaugurando a estrada, que, reza a história que eram caravanas intermináveis de para-choque com para-lama. O resultado disso foi o interesse de algumas dessas famílias em ter casas de veraneio nas praias do Pacífico. Assim floresceu, por exemplo, o balneário de Marin County, que, de uma pobre vila de pescadores, tornou-se a localidade com maior renda “per capita” do país. O meu aconteceu com Los Angeles, San Diego, São Francisco e tantos balneários no percurso. As famílias do leste com menos condições financeiras, vendo todo esse movimento, também criaram sua forma de conhecer o oeste e apostar nele como uma terra de oportunidades. Enquanto as famílias abastadas compravam seu Cadillac para explorá-lo, as mais modestas vendiam o que tinham, e montavam pequenos negócios de abastecimento e alimentação. Afinal, o pessoal nos Cadillac’s precisaria de combustível e ter onde dormir e se alimentar. Esses pequenos negócios tornaram-se os famosos “diners” da “Route 66”, alguns deles ainda de pé e em pleno funcionamento.

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O charme da região histórica de San Diego

O charme da região histórica de San Diego

Nessa mesma época, por volta dos anos 40. antes e depois, houve outro grande acontecimento: minas de petróleo sendo descobertas, principalmente no estado do Texas. Fazendeiros que até então eram pobres, tinham muita terra e pouco recurso, tornaram-se ricos da noite para o dia. Os empreendedores imobiliários que já estavam na corrida para atender às famílias do leste, viram nos novos ricos texanos um mercado de altíssimo potencial, e começaram a convencer os fazendeiros a mudarem-se para “outro nível” de habitação. Uma das áreas que se desenvolveu com o dinheiro dos novos ricos texanos, foi a famosa Beverly Hills. Os principais bancos do leste americano abriram sedes no oeste, e com eles muitas outras indústrias, tais como o cinema, que também viu no petróleo texano uma grande oportunidade para o patrocínio de produções artísticas numa escala muito maior jamais vista. E assim o cinema praticamente mudou-se do estado de Nova Iorque para o estado da Califórnia, estabelecendo seu QG em Hollywood. Por esse motivo, é a Califórnia, e não a Flórida, o berço do show business. Foi na Califórnia que nasceu o conceito de parque temático, tais como o Disneyland e Universal Studios, ambos em Los Angeles, mais antigos que suas versões em Orlando, e em alguns aspectos, mais interessantes. Também o parque-aquário SeaWorld, um verdadeiro centro de resgate de espécies marinhas e ao mesmo tempo um verdadeiro palco de show business de adestramento. Não levou muito tempo, e florescia mais um ramo na indústria do entretenimento: os cassinos, com a construção da “Sin city” do oeste, a cidade-neon, a famosa Las Vegas.

Sendo o oeste americano a terra do cinema mais famoso do mundo, desde San Francisco até San Diego, há muitos sets de filmagem a serem visitados. Muitos restaurantes, lanchonetes e outros estabelecimentos foram palco de grandes ícones da telona, tais como Kansas City Bar, do filme Top Gun, ou o porta-aviões USS Midway, único navio da Segunda Guerra Mundial a ser aberto a visitação, ambos em San Diego. A lista de atrações é interminável. De trechos originais da Rota 66 e cidades-fantasma dos filmes de bang-bang até os mais famosos e modernos museus, parques temáticos e estúdios cinematográficos, o Oeste Americano é um prato cheio para cem viagens sem repetição.

Os cânions e parques naturais mais famosos do mundo

Para quem busca paisagens estarrecedoras, não faltam opções. A começar pelo fantástico Grand Canyon. Aliás, entre canions, desertos e florestas, além desse, são mais de noventa canions só no Lago Powell — onde foi gravada a maior parte das cenas do filme “Telma e Louise” —, mais o Monument Valley, Palo Duro, Gods Valley, Antilope, Red Rocks, Bryce, Zion Park, Death Valley, Yosemite Park, National Sequoia Forest, Joshua Tree Park, San Bernardino National Forest, Mojave Desert, Palm Desert, só para citar alguns dos mais famosos. E quem não ouviu falar da famosa Big Sur Coast, por onde passa a famosa Pacific Highway, também conhecida como Highway 1? Se não ouviu falar, certamente já viu na telona do cinema aquela atriz com um lenço na cabeça, óculos escuros e batom vermelho, dirigindo um conversível numa estrada sinuosa ao longo do litoral, com a famosa ponte de ferro e grandes penhascos surrados pelo mar.

O Oeste Americano hoje, compreende os seguintes estados: New Mexico, Arizona, California, Colorado, Utah, Nevada, Wyoming, Idaho, Oregon, Montana e Washington.

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O roteiro pelo Oeste Americano é marcado por cenários como este

O roteiro pelo Oeste Americano é marcado por cenários como este

Como curtir tudo isso

Como bem se vê, para quem busca história, também não falta o que ver, já que o Oeste Americano é a parte dos Estados Unidos da América que concentra o maior número de atrativos históricos ainda preservados não só da Rota 66, como de tudo o que tem relação com o “faroeste”, e até com o período colonial.

Mas o melhor de tudo, mesmo, é que não há necessidade de escolher entre paisagem e história. Elas estão absolutamente integradas. Escolha qualquer rota histórica, e você estará percorrendo uma rota paisagística. Escolha qualquer rota paisagística, e você estará visitando a história. Porém…, para ir além da visita, e de fato reviver essa história toda, nada como saber o que se está vendo. E para isso, nada como um circuito Europamundo que liga os pontos e as estradas de uma forma que faz sentido para o viajante, e inclui um guia especializado que, além de tudo, fala português.

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Fonte: PANROTAS