Quatro mulheres que trabalham como voluntárias de uma igreja de Tucson, no Arizona, foram condenadas à prisão por invadirem uma área de reserva ambiental e deixar comida e água para imigrantes em um refúgio nacional da vida selvagem daquele estado.

No caso, a acusação é por de entrarem em um refúgio nacional de vida selvagem sem permissão e abandono de propriedade. Natalie Hoffman, Oona Holcomb, Madeline Huse e Zaachila Orozco foram apanhadas e presas em agosto de 2017, mas só agora estão sendo julgadas.

As mulheres fazem parte do ministério “No More Deaths”, que opera na Unitarian Universalist Church of Tucson. O juiz, o magistrado Bernardo P. Velasco, decidiu a sentença de tempo na prisão e multa na semana passada. Porém, ojulgamento deve ocorrer em fevereiro ou março, segundo a CNN.

Elas podem pegar até seis meses de prisão e multas de até US $ 500. Uma delas, Hoffman, enfrenta uma acusação a mais por operar um veículo a motor em uma área selvagem.

Conforme foi escrito na sentença, o refúgio está “cheio de bombas ou artefatos não detonados, de detritos de entrada ilegal nos Estados Unidos e do tráfego de veículos na estrada e fora de estrada da Patrulha de Fronteira dos EUA”.

Além disso, deixar comida e água corrói “a decisão nacional de manter o refúgio em sua natureza original”, escreveu o juiz.

De acordo com registros do tribunal, elas deixaram jarros de água, feijão e outros suprimentos para migrantes no refúgio. O Refúgio Nacional da Vida Selvagem de Cabeza Prieta compartilha uma fronteira de 50 milhas com o México. O ministério No More Deaths afirma que 155 migrantes morreram no refúgio desde 2001, e que é uma caminhada particularmente perigosa que muitos migrantes fazem.

No entanto, foi observado no veredicto que as rés não estavam cientes de que poderiam enfrentar pena de prisão se fossem pegas. “Cada uma agia com base na crença equivocada de que o pior que poderia acontecer era que elas pudessem ser banidas, presas ou multadas”, escreve Velasco. “Ninguém encarregado do No More Deaths jamais as informou que sua conduta poderia ser processada como uma ofensa criminal”.

“Este veredicto desafia não apenas os voluntários No More Deaths, mas também pessoas de consciência em todo o país”, disse Catherine Gaffney, voluntária do No More Deaths, em um comunicado. “Se dar água a alguém morrendo de sede é ilegal, que humanidade resta na lei deste país?”

Segundo a CNN, o refúgio da vida selvagem de Cabeza Prieta é a maior área de deserto do Arizona. Ela abrange mais de 800.000 acres de “paisagem isolada e acidentada”. Em 2001, uma investigação foi lançada pelas autoridades dos EUA e do México depois que aproximadamente 14 migrantes morreram no refúgio durante um único incidente depois de atravessarem a fronteira. Os resultados dessa investigação supuseram que os migrantes foram abandonados no deserto por “traficantes de pessoas”. Com informações do Washington Post.

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Fonte: Gazeta News