Gia Romualdo-Rodriguez era uma mulher transgênero que viajou de New York à Miami para se submeter a uma cirurgia de levantamento das nádegas na clínica Xiluet Plastic Surgery, em Miami, sob o custo de $3,8 mil.

De acordo com informações do jornal Miami Herald, o procedimento cirúrgico, popularmente conhecido como brazilian butt-lift, foi realizado na terça-feira (15) pela dra. Stephanie Stover.

Durante a cirurgia, os níveis de oxigênio e frequência cardíaca da paciente apresentaram sérias alterações e ela teve que ser levada às pressas para o Hospital Regional de Kendall. Onde teve o óbito confirmado aos 46 anos.

O Miami-Dade Medical Examiner’s Office considerou a morte de Gia acidental.  “Resultado de uma embolia causada pela gordura injetada nas nádegas”, reportou o Herald.

Procurada por jornalistas, a médica que realizou o procedimento não quis comentar o caso. Entretanto, uma busca pelo perfil da dra. Stephanie Stover no site do Florida Department of Healh,  mostra que ela possui licença para realizar o procedimento.

No site da clínica, este tipo de cirurgia que consiste em aspirar gorduras localizadas de outras partes do corpo e introjetá-las nas nádegas é descrita como “segura”.  

Riscos e restrições

Um relatório elaborado pela American Society for Aesthetic Plastic Surgery’s revelou que este tipo de  procedimento estético cresceu 61% nos EUA entre os anos de  2013 e 2018. Tendo sido realizados 25.168 vezes neste período – mais de 18 mil deste total só no condado de Miami-Dade.  

Ainda em 2018, a instituição emitiu um alerta sobre os riscos do brazilian butt-lift informando que “uma em cada 1,3 mil pessoas morrem em consequência desta intervenção cirúrgica não país”. Índice considerado muito alto pelas autoridades de saúde.

Seguindo a recomendação da American Society of Plastic Surgeons, o estado da Flórida aprovou uma lei de emergência no dia 17 de junho deste ano, proibindo os cirurgiões de injetarem gordura dentro ou abaixo dos músculos glúteos. A justificativa é o alto risco de perfuração da veia glútea, que pode fazer com que coágulos de gordura naveguem pela corrente sanguínea e cheguem ao coração e pulmões, causando uma embolia como aconteceu com Gia.

Caso violem as regras, o consultório pode ser fechado e a licença médica revogada imediatamente em caso de lesão ou morte do paciente.

Dados levantados pelo Miami Herald apontam que a cirurgia de brazilian butt-lift provocou a morte de 20 pessoas no sul da Flórida de 2010 até agora. Sendo que o último caso ocorreu em maio de 2019.

Gia Romualdo-Rodriguez tinha nacionalidade mexicana e estava em processo de transição para o gênero feminino. Ela também ia passar por uma cirurgia de aumento dos seios.

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Fonte: AcheiUSA