Apesar disso, na terça-feira (15), Vladimir Putin havia descartado a possibilidade de um cessar-fogo


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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse nesta quarta-feira (16) que tem esperança em um acordo com a Ucrânia, mas que as negociações de paz não estão fáceis. O conflito chega ao 21º dia.

“Sou guiado pelas avaliações dadas por nossos negociadores. Eles dizem que as negociações não são fáceis por razões óbvias e estão lentas. Mas, no entanto, há alguma esperança de chegar a um acordo”, disse o diplomata russo em entrevista à agência de notícias RBC.

Ainda de acordo com Lavrov, alguns termos estão próximos de serem firmados entre os dois país. As duas partes também discutem sobre outras questões como, por exemplo, a utilização da língua russa na Ucrânia e a liberdade de expressão.

Apesar disso, o ministro russo também criticou os Estados Unidos e afirmou que o país não tem interesse em resolver o atual conflito.

Ainda que Lavrov acredite na esperança, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, no entanto, descartou a possibilidade de um cessar-fogo em um comunicado divulgado pelo Kremlin na terça-feira (15). “Kiev não demonstra uma atitude séria para encontrar soluções mutuamente aceitáveis”, diz um trecho do comunicado.

Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia

A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.

Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.

Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.

Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.

A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.

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Fonte: MSN