O experimento coordenado pela empresa de biotecnologia Oxitec é o primeiro do tipo a ser realizado nos EUA. Os mesmos testes já foram realizados no Brasil, nas Ilhas Cayman, no Panamá e também na Malásia. Em todos esses locais houve a diminuição de 90% na população de Aedes aegypti.

A primeira fase da liberação de mais de 12 mil insetos machos em regiões de mata das Florida Keys já começou e vai durar de 12 semanas. Uma segunda etapa deve ocorrer ainda neste ano, liberando mais de 20 milhões de mosquitos.

O objetivo é esperar que os machos geneticamente modificados  cruzem com as fêmeas selvagens já presentes no ambiente. Apenas as fêmeas da espécie mordem as pessoas em busca de sangue para amadurecer seus ovos. Os descendentes herdam os genes inseridos e morrem antes de chegarem à fase adulta, diminuindo a população do transmissor da dengue, chikungunya e zika.

O Aedes aegypti representa cerca de 4% do total dos mosquitos catalogados em toda a área das Florida Keys, mas causaram 70% dos casos de dengue no ano passado.

“Nossa missão principal é proteger os residentes das Florida Keys de todos os mosquitos, incluindo o Aedes aegypti” declarou o Distrito de Controle de Mosquito do arquipélago.

O experimento foi oferecido pela primeira vez pela Oxitec às lideranças de saúde locais há mais de cinco anos. A proposta sempre enfrentou resistência de moradores e lideranças comunitárias. Desta vez não foi diferente.

Membros da Florida Keys Environmental Coalition, parte da Coalition Against GMO Mosquitoes local, elaboraram uma petição com mais de 200 mil assinaturas contra o projeto. O temor das pessoas é de que sejam picadas por esses insetos e que eles atrapalhem o ecossistema local.

A Oxitec, por sua vez,  afirma que esse método é “ 100% seguro” e “ecologicamente correto.

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