Emmanuel Sanon, um médico haitiano-americano de 63 anos radicado na Flórida há mais de duas décadas foi detido neste domingo (11), sob suspeita de ser um dos mentores do assassinato do presidente Jovenel Moïse.

Moïse foi morto a tiros em sua residência em Porto Príncipe na madrugada da última quarta-feira (7). A primeira-dama Martine Moïse também foi baleada e recebe tratamentos médicos em Miami, FL.

O chefe da polícia haitiana, Léon Charles, disse em uma entrevista coletiva que Sanon foi a primeira pessoa para quem alguns suspeitos ligaram logo após serem capturados na semana passada. Segundo as autoridades, o médico teria viajado de Miami para o Haiti há cerca de um mês atrás em um avião particular. 

Durante sua estadia em seu país de origem, ele teria contratado um grupo de seis colombianos para fazer sua escolta. Léon Charles falou que ele tinha aspirações de se tornar president do Haiti.

Durante as buscas na residência de Sanon, a polícia encontrou armas, munições e um boné do DEA (Drug Enforcement Administration).

Sete agentes do FBI foram enviados ao país caribenho para ajudar nas investigações. Entre outras coisas, eles querem saber quem financiou a operação, incluindo as despesas de viagens e pagamentos dos mais de vinte homens envolvidos na ação . Alguns colombianos declararam que recebiam cerca de $3 mil dólares por mês e viviam no Haiti desde janeiro deste ano.

Registros obtidos pelo jornal Miami Herald revelaram que Sanon não possui licença médica na Flórida, onde ele abriu um processo federal de falência em 2013 na cidade de Tampa. “Os registros judiciais referem-se a ele como um médico que trabalha no Haiti e na República Dominicana. Além disso, ele se declara pastor na igreja evangélica Tabarre Evangelical Tabernacle”, diz o jornal.

Outros dois cidadãos americanos com residência na Flórida  também foram presos por conexão com o crime.

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