O Manchester United anunciou em nota oficial nesta sexta-feira o término de suas relações com a companhia aérea russa Aeroflot, que patrocinava o clube e tem o governo russo como seu acionista majoritário. A decisão é consequência da invasão das tropas russas sobre o território ucraniano.

“Após os acontecimentos na Ucrânia, o clube retirou os direitos de patrocínio da Aeroflot”, afirmou o United em comunicado. “Compartilhamos a preocupação de nossos torcedores em todo o mundo e nossos pensamentos estão com os afetados”, acrescentou.

Na última quinta-feira, a companhia já havia sido proibida de realizar voos para o Reino Unido, horas depois do início da invasão à Ucrânia, como uma das sanções do primeiro ministro britânico Boris Johnson à Rússia. A Aeroflot patrocinava o Manchester United desde 2013 e substituiu a Turkish Airlines como parceira aérea do clube. O contrato havia sido renovado em 2017 e era válido até 2023, no valor de 40 milhões de euros (231 milhões de reais). O clube inglês seguiu a decisão do Schalke 04, que na quinta-feira rescindiu o contrato com a Gazprom, companhia energética russa, que era a principal patrocinadora do clube alemão.

O futebol europeu também vem acompanhando de perto a crise diplomática. A Uefa trocou a cidade da final da atual edição da Liga dos Campeões de São Petersburgo para Paris, no Stade de France, no dia 28 de maio.

A Fifa também vai tratar do calendário dos jogos das seleções que disputarão a repescagem para a Copa do Mundo deste ano, no Catar. Polônia, Suécia e República Checa descartaram jogar partidas no país de Vladimir Putin. O presidente Gianni Infantino adotou um discurso em que pede pelo diálogo construtivo e evitou tomar decisões que afetem os jogos.