SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Mais de 20 pessoas procuraram o Ministério Público de São Paulo para verificar se são os antigos donos de um dos mais de 100 relógios de luxo apreendidos em uma loja de um shopping de alto padrão na zona sul de São Paulo em 26 de janeiro.
Os artigos de luxo foram apreendidos em um comércio do shopping Cidade Jardim – sem comprovação de origem, de acordo com a Promotoria – durante uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

O Ministério Público não informou o número total de relógios apreendidos, assim como a quantidade de pessoas que eventualmente comprovaram a origem deles, alegando que o caso “corre em sigilo.”

A Promotoria cumpriu no início da semana 14 mandados de busca e apreensão na capital paulista, interior e em Minas Gerais, com apoio da Polícia Militar.

O Ministério Público divulgou orientações para que eventuais vítimas de roubos de relógios possam verificar se seus equipamentos estão entre os itens apreendidos na operação. São elas:
– Registrar boletim de ocorrência (BO) do roubo, com a Polícia Civil, especificando a marca, modelo e número de série do relógio
– Enviar cópia do BO para o email [email protected], anexando também cópias de RG, ou Carteira de Habilitação, além de telefone de contato
– Após o envio das informações, o Gaeco afirma realizar pesquisas preliminares e “caso constate a possibilidade de o relógio ter sido apreendido”, se compromete em contatar a vítima para colher depoimento e reconhecer o relógio
O caso
O caso Relógios de luxo foram apreendidos em 26 de janeiro em uma loja de de alto padrão, no shopping Cidade Jardim, na zona sul da capital paulista.

O local foi um dos alvos de uma operação do Gaeco, batizada de Diamante de Sangue, que contou com apoio da PM.

A Promotoria começou a investigar quatro dias antes a atuação de uma associação criminosa que, segundo o órgão, é especializado na receptação de relógios de luxo, comercializados em shoppings de alto padrão.

O Gaeco afirmou à época que, além dos relógios sem comprovação de origem, foram apreendidos documentos, materiais e aparelhos eletrônicos.

A gerência da loja não comentou o caso na ocasião, após sete ligações feitas pela Folha, nem respondeu a emails encaminhados à sua assessoria de imprensa.

O shopping Cidade Jardim afirmou acompanhar as investigações e que não se responsabiliza pela fiscalização de produtos vendidos pelos lojista.

Nos casos em que irregularidades são comprovadas, acrescentou, toma as “medidas cabíveis”, entre as quais “a rescisão do contrato” com o comerciante.