Linda Herring, hoje com 75 anos, sempre quis ter uma família grande. Mas ela nunca imaginou que seria mãe adotiva temporária de mais de 600 crianças e transformaria sua casa em um refúgio seguro para elas por quase cinco décadas no Condado de Johnson, Iowa.

No lar temporário de Herring, cada criança recebia abrigo, comida, roupas e, o mais importante, muito amor. Herring e seu marido, Bob, começaram a ser “pais temporários” quando moravam em Oxford, Iowa, e continuaram a fazê-lo depois que se mudaram para Tiffin.

“Minha melhor amiga estava cuidando de adolescentes e eu pensei: ‘Bem, seria bom fazer o mesmo’, mas eu queria crianças pequenas”, disse Herring à CNN. “Então, conversei com o Departamento de Serviços Humanos e concordei em levar crianças com necessidades médicas”.

Enquanto mãe adotiva, Herring administrava uma creche doméstica para famílias locais e trabalhava como guardiã noturna em uma escola de ensino médio próxima. Se isso não bastasse, ela também trabalhou como socorrista voluntária por quase 50 anos.

Herring era conhecida por todos no condado de Johnson por nunca recusar uma criança, independentemente de idade, sexo ou necessidades especiais, e viajava regularmente para buscar crianças adotivas que precisavam de um lar.

“O Departamento de Serviços Humanos ligava para Linda no meio da noite para levar um filho e ela ia em qualquer lugar para pegar a criança”, descreveu o departamento em declaração de reconhecimento aos esforços de Herring.

De mãe temporária a adotiva

Mas Herring não foi apenas uma mãe adotiva temporária. Dos seus oito filhos, três foram definitivamente adotados. Uma dessas crianças é Anthony Herring, 39 anos. Ele tinha 6 meses quando foi colocado na casa de Herring. Quando ele tinha 3 anos, a família o adotou oficialmente.

“Aprecio ser adotado ainda mais hoje como pai do que quando era criança”, disse Anthony Herring à CNN. “Sou eternamente grato pela vida que me foi dada. Ela e meu pai me ensinaram que a família não é determinada pelo sangue, é quem você tem na vida para amar.”

Ele disse que sua mãe o ensinou a apreciar e entender crianças com necessidades especiais. Dois dos filhos adotivos adotados por Herring têm graves necessidades médicas e especiais. Um deles, Dani, depende totalmente dos outros para cuidar. Embora não se esperasse que a menina vivesse muito tempo depois do nascimento, ela agora tem 29 anos.

De geração a geração

Herring transmitiu o que ela gosta de chamar de “característica de assistência social”. Quatro de seus filhos biológicos também são pais adotivos temporários, e três deles seguiram os passos de seus pais e adotaram seus próprios filhos. Três de seus netos também acolhem crianças.

“É difícil dizer em palavras o impacto dela. Ela estava sempre disponível e pronta para uma criança necessitada. Essas crianças geralmente eram tiradas de uma situação traumática e ela as aceitava, providenciava uma cama quente, roupas limpas, refeições quentes, e amor “, disse Anthony.

Ajudar os pais biológicos a fazer as mudanças necessárias para resgatar e manter seus filhos também sempre foi prioridade para ela. Enquanto isso, fazia de tudo para que as crianças se sentissem em casa quando estavam com ela. Cada nova criança recebia uma foto profissional que era colocada na parede na sala de estar. “Isso parece uma coisa pequena, mas ajuda a sentir como se estivesse em casa”, diz Anthony.

Eu amava meus filhos adotivos como se fossem meus, provavelmente mais do que eu deveria”, disse Herring.
“Chorava quando as crianças deixavam minha casa, não importa quanto tempo estivessem lá. Era tão difícil dizer adeus a elas. Sempre questionava: ‘Por que continuo fazendo isso?’ porque nunca foi fácil dizer adeus a uma criança. Mas continuei fazendo isso porque tinha muito amor para dar a essas crianças necessitadas “.

Homenagem

Em outubro de 2019, Herring decidiu parar de adotar crianças devido a problemas de saúde. Na semana passada, a “mãe de mais de 600” foi homenageada pelo Conselho de Supervisores do Condado de Johnson com uma declaração de agradecimento.

*Foster Parents são pais adotivos que oficialmente levam uma criança para a família por um período de tempo, sem se tornarem pais legais da criança.

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Fonte: Gazeta News