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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) agradeceu ao senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), pré-candidato ao governo da Paraíba, pela “coragem” do apoio regional da legenda, que mantém nacionalmente o apoio à senadora Simone Tebet (MDB). As eleições no Estado são marcadas por uma tensão entre petistas e peessebistas.

O ex-presidente esteve presente, nesta terça-feira, 2, em um palanque com o emedebista e com o ex-governador Ricardo Coutinho (PT), que é seu candidato ao Senado, em Campina Grande.

“Quero agradecer ao Veneziano, que em nome do MDB, mesmo tendo candidato a presidente, resolveu nos apoiar na Paraíba. Quero agradecer o gesto de coragem”, afirmou Lula.

Durante o evento, Lula voltou a chamar o presidente Jair Bolsonaro (PL) de “fascista”. “Ele sabe que ele está negando a urna. Ele não está com medo da urna eletrônica, porque ele sabe que a urna é uma coisa séria e está aprovada desde 1996. O que ele tem medo é do povo brasileiro”, afirmou.


Lula manifesta apoio a Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e Ricardo Coutinho (PT) na Paraíba Foto: Divulgação/PT

© Fornecido por Estadão Lula manifesta apoio a Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e Ricardo Coutinho (PT) na Paraíba Foto: Divulgação/PT

Mais uma vez, o ex-presidente criticou o aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 pelo governo Jair Bolsonaro, e disse à plateia para usar o dinheiro, mas votar no PT. O aumento do auxílio tem sido uma preocupação entre petistas, em razão de seu poder de atrair eleitores mais necessitados a Bolsonaro.

“Por isso que agora ele aprovou o auxílio emergencial que vai até dezembro. Ele aprovou R$ 600 até dezembro. Vai dar dinheiro para motorista e taxista até dezembro na perspectiva de gastar R$ 41 bilhões para ganhar as eleições. Serão as eleições mais caras do planeta Terra. Eu quero dar um conselho para vocês: se cair dinheiro na conta de vocês, peguem e comam. Porque se não eles vão tomar outra vez!”, disse Lula.

Coutinho pediu para que o eleitor abrace os candidatos regionais de Lula para fortalecer um eventual governo petista no Congresso.

“Precisamos derrotá-los, mas não apenas no segundo turno. Precisamos desmoralizá-los para que eles não tenham qualquer força para continuar a fazer tanto mal a este País”, disse.

Aguardando um processo que pode reverter sua cassação, Coutinho fez críticas pontuais ao Ministério Público, mas não citou as decisões que ainda o impedem de ser candidato.

O ex-governador está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral. O período em que ficará alijado dos direitos políticos vai até poucos dias depois do primeiro turno das eleições de 2022 – o que impede o registro formal de sua candidatura.

Ele aguarda o julgamento de um recurso movido ao Supremo Tribunal Federal para reverter a decisão do TSE. O pedido está no gabinete da ministra Cármen Lúcia, sem julgamento desde janeiro.

Segundo as ações, ele teria cometido abuso de poder econômico nas eleições de 2014, ao promover a entrega de kits escolares em meio ao pleito. “Kit escolar se compra todos os anos, não é pelo fato de ter sido no ano eleitoral que você não tem que entregar. Kit escolar tem que ser entregue. Não pode simplesmente privar os alunos. É um absurdo”, diz o ex-governador.

Fonte: MSN