Foto13 William e Roberto Isaias Irmãos foragidos ligados a Bobby Menendez são presos na FL
William e Roberto Isaías viviam clandestinamente nos EUA durante vários anos

William e Roberto Isaías foram condenados por desfalque no Equador e viviam clandestinamente em Miami (FL)

Dois banqueiros fugitivos naturais do Equador, cujos parentes fizeram doações de campanha para o Senador Robert Menendez (D-NJ) e outros políticos na tentativa de evitar a deportação, foram presos por agentes do Departamento de Imigração (ICE) na Flórida. As autoridades informaram que William e Roberto Isaías viviam clandestinamente nos EUA durante vários anos. Após fugirem do Equador, eles se radicaram na Flórida, de onde administravam os negócios. Em 2012, ambos foram condenados em ausência por desfalque no país de origem.

As autoridades suspeitam que os irmãos tenham transferido milhões de dólares, adquiridos de forma fraudulenta, para os EUA. Eles negam que tenham cometido qualquer crime. Os funcionários e parentes de William e Roberto doaram mais de US$ 300 mil em campanhas políticas e desde 2010 eles lutam contra o retorno para o Equador, onde cumprirão pena. As prisões ocorreram depois que o canal de TV NBC New York revelou em 2014 o paradeiro dos irmãos em Miami (FL) e as doações políticas da família.

Um porta-voz do ICE não detalhou a razão das detenções, uma vez que eles viviam há vários anos em casas luxuosas e administravam negócios na região metropolitana de Miami (FL). A família Isaías doou mais de US$ 100 mil para membros do Congresso ao longo dos anos, incluindo Menendez e o senador republicano, Marco Rubio. Menendez é um dos muitos congressistas que enviaram cartas aos Departamento de Estado e Departamento de Segurança Nacional (DHS) de apoio aos irmãos Isaías na luta contra a deportação.

“Esta é uma família que foi perseguida pelo presidente daquele país, que pegou o canal de televisão e a liberdade de imprensa através do controle estatal”, disse Menendez em entrevista para o canal de TV MSNBC, no sábado (16). “Tudo aquilo que o nosso governo investigou de forma independente revelou que eles foram perseguidos erroneamente. Caso tivessem sendo perseguidos legalmente, então, haveria uma ordem de deportação emitida pela administração Bush, uma administração republicana, ou a administração Obama, uma administração democrata”, disse ele.

“Então, eu acho que é bastante claro, com base bipartidária, que tratam-se de acusações falsas”, acrescentou.

Entretanto, vários embaixadores pediram a deportação dos irmãos. Em 2005, a então embaixadora Kristie Kenney disse que os irmãos “utilizaram o dinheiro ganhado desonestamente para ‘comprar caminhos’ e pressionar as autoridades a diminuir as acusações contra eles”

A antiga embaixadora Linda Jewell também expressou diversas vezes preocupação com o fato de os irmãos viverem nos EUA. Entretanto, o Departamento de Justiça (DOJ) informou que a documentação apresentada pelo governo do Equador faltava provas suficientes.

Fonte: Brazilian Voice