“A partir do verão de 2022, para entrar na cidade pousada sobre a água será necessário reservar, pagar uma taxa de entrada e passar por catracas posicionadas nos principais pontos de acesso ao centro histórico. Tal qual um museu”, dizem os apoiadores da medida. “Como um parque de diversões”, bradam os opositores. Foi assim que o jornal italiano La Stampa divulgou a notícia de que as autoridades locais pretendem enfim tornar Veneza a primeira cidade do mundo com ingressos pagos e limitados.

A ideia existe pelo menos desde 2018 (minha vizinha de blog Dri Setti já falava disso em 2014) e já tinha sido testada em algumas ocasiões especiais, como no Carnaval de Veneza. A expectativa era que ela fosse totalmente implementada em 2020, mas a pandemia do coronavírus fez com que os planos fossem adiados. Agora que o centro histórico já voltou a registrar cerca de 80 mil visitantes por dia, os italianos parecem mais determinados do que nunca a resolver o problema da lotação.

  • Segundo o prefeito Luigi Brugnaro, as catracas serão liberadas através de um aplicativo no celular. As pessoas que fazem passeios de bate-volta até Veneza terão que reservar a visita com antecedência e pagar uma taxa, que vai custar de € 3 na baixa temporada a € 10 na alta, algo como R$ 18 a R$ 60 na cotação atual. O preço também pode variar em finais de semana e feriados.

    Os turistas hospedados em hotéis da região, que já pagam uma taxa de € 5 por dia, terão direito a acessar o centro histórico quantas vezes quiserem durante o período da estadia sem custos adicionais. Ainda não ficou claro se pessoas que ficam em imóveis alugados por temporada também estarão isentos. Já os moradores, estudantes, trabalhadores e todas as crianças menores de 6 anos terão a entrada automaticamente liberada. 

    As autoridades locais têm mirado principalmente nos turistas que passam um único dia na cidade. Há o entendimento de que, além de lotarem o centro histórico, eles geram menos renda para os negócios locais, já que não se hospedam em nenhum hotel e muitas vezes não comem nos restaurantes. Isso também inclui os cruzeiristas. Desde o dia 1º de agosto, os navios estão banidos de atracar no centro histórico de Veneza.

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    Fonte: Viagem e Turismo