Reprodução de uma cena do videogame ‘Active Shooter’
Um jogo de videogame para computador que permitirá aos jogadores recriar tiroteios em escolas ao mostrar alguém escondido nos corredores e atirando a esmo foi considerado como insensível e inapropriado por pais de estudantes mortas a tiros na Marjory Stoneman Douglas.
O jogo, intitulado “Active Shooter”, deve ser lançado no dia 6 de junho. Comercializado como “simulador SWAT” deixa os jogadores escolher entre ser um atirador que aterroriza uma escola ou membro da SWAT que responde ao tiroteio.
O simulador foi desenvolvido por Revived Games, da Valve Corp., e lançado pela companhia Acid, que pretende vender o jogo por $5 a $10 no mercado de videogame Steam, e lançar uma versão alternativa no modo “civil”. Mas ele não será comercializado em sistema de console.
A mídia revelou que jogo traz um aviso: “Por favor, não levem este jogo a sério. Sua finalidade é apenas servir como simulação e nada mais. Se você quiser ferir alguém, procure ajuda com psiquiatras ou ligue para 911. Obrigado.”
A Acid disse em um blog que seu jogo não promove violência e está pensando em remover o papel do atirador do jogo.
Ryan Petty, pai de uma estudante de 14 anos da Marjory Stoneman Douglas High morta durante o massacre de 14 de fevereiro, está pedindo o cancelamento do lançamento deste jogo. “É uma vergonha que a Valve Corp. esteja pensando em lucrar com glamourização das tragédias que estão afetando nossas escolas em todo país”. Petty, que concorre a um cargo no Broward County School Board, disse: “Manter nossas crianças seguras é uma preocupação real que afeta nossas comunidades e nunca um ‘jogo.’”
Andrew Pollack, pai de Meadow Pollack, de 18 anos, que também foi morta na ocasião, disse tratar-se de “pessoas doentes” que estão por trás da criação e do lançamento deste jogo. Ele disse que estes tipos de jogos tornam os jovens insensíveis à tragédia que tirou a vida de sua filha.
“A última coisa que precisamos é de treino de simulação em tiros nas escolas”, disse Pollack, fundador do Americans for CLASS, grupo que advoga por mais segurança nas escolas. “Criadores de videogame deveriam considerar a influência que têm. Isto realmente passa dos limites.”

Fonte: AcheiUSA