A missão DART, que será lançada pela NASA, tentará desviar asteroide em direção à Terra

 

A missão DART, que será lançada ao espaço na madrugada desta quarta-feira pela NASA, terá a importante tarefa de tentar desviar asteroide que pode colidir com a Terra no futuro. É o asteroide Didymosm que tem proximidades com a Terra e representa uma ameaça. A viagem será a bordo do foguete Falcon 9 da SpaceX

 

Da Redação

A NASA lança na madrugada desta quarta-feira, a missão DART – Missão de Teste de Asteroide Binário –, com objetivo de testar o potencial tecnológico humano contra um asteroide – asteroide Didymos –, que poderia entrar em rota com a Terra no futuro, o que traria sérias consequências. Segundo cientistas, é o maior cometa já descoberto e está viajando na direção da Terra, e aumentou o baixo risco de o asteroide colidir com a Terra.

A ameaça é real, portanto, a sonda da agência espacial está prevista para ser lançada a partir das 2h21 da madrugada, da Base da Força Aérea de Vandenberg, na Califórnia. A viagem será a bordo do foguete Falcon 9 da SpaceX ; o alvo é a lua Dimorphos, que orbita o asteroide Didymos.

Segundo Thiago Signorini Gonçalves, professor de astronomia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o destino escolhido é apenas uma “questão de conveniência”.

“É um asteroide que fica relativamente próximo a Terra. Como o objetivo da missão é, em particular, testar a possibilidade de efetivamente desviar a órbita de um asteroide, é importante poder acompanhar a órbita posterior. Se fosse um asteroide muito distante, seria difícil fazer este teste.” acompanhamento”, explica.

Portanto, ao chegar até a Dimorphos, o que está previsto para acontecer em 2022, à missão acompanhará se de fato é possível alterar com sucesso a rota do asteroide com a tecnologia desenvolvida para a DART.

São dois corpos diferentes: o maior, com o tamanho mais ou menos de um prédio de 100 andares, e o menor, de 40 andares. Segundo Gonçalves, o tamanho da Dimorphos é até comum para asteroides encontrados no nosso Sistema Solar, mas, ao mesmo tempo, poderia causar um grande estrago se realmente estivesse em rota com a Terra.

De qualquer forma, mesmo se os especialistas da NASA não conseguirem atingir o sistema de asteroides, não há risco de colisão com a Terra. No entanto, com o sucesso da missão, uma cratera deve ser criada na Dimorphos, o que pode gerar pela primeira vez uma chuva de meteoros criada artificialmente pelo homem.

“A colisão deve gerar uma cratera de aproximadamente 10 metros nesse segundo componente do sistema binário, no asteroide menor, e esse material vai ser levantado. É possível que isso gere uma nova chuva de meteoros que poderá ser vista da Terra”, explicou o astrônomo.

 

 

Fonte: Nossa Gente