Flaviane Carvalho, gerente do “Mrs Potato Restaurant”, em Orlando, vem sendo aclamada heroína brasileira por salvar garoto de 11 anos das agressões do padrasto e da mãe. O menino era espancado em casa, pendurado de cabeça para baixo e tinha hematomas por todo corpo. Não teve o direito de comer com a família no restaurante, surgindo Flaviane para resgata-lo
Da Redação
Em quaisquer circunstâncias – não importa o local –, é preciso estar atento, observar os detalhes, pois há um código de alerta, um possível pedido de socorro através do olhar amedrontado – do gesto contido –, que só poderá ser decifrado por alguém muitíssimo especial. Este é o caso da gerente Flaviane Carvalho, do “Mrs Potato Restaurant”, em Orlando, aclamada ‘Heroína brasileira’ pela mídia e pela comunidade – merecidamente -, ao salvar um garoto de apenas 11 anos da ira da mãe e do padrasto – era espancado e hostilizado em casa. O menino usava máscara, óculos e o capuz do casaco na cabeça, não era possível ver com precisão o seu rosto, ao adentrar-se com a família no restaurante. Flaviane atendeu a mesa, anotou os pedidos, mas percebeu que havia algo errado: todos daquela família escolheram um prato, exceto garotinho de óculos – todos receberam comida, ele não. E quando voltou à mesa intrigada para perguntar ao menino o que ele queria comer, rispidamente o padrasto a interrompeu e disse: ‘’Ele vai comer em casa!’
Flaviane sabia que o menino estava amedrontado e precisava de ajuda imediata. Foi então que percebeu um arranhão entre as suas sobrancelhas, e hematomas ao lado do olho e no braço. Não teve dúvidas, imediatamente acionou a polícia. A gerente ligou para o 911 e explicou a situação. Os policiais chegaram rapidamente ao restaurante e prenderam a mãe e o padrasto, o garoto foi resgatado.
Foi um gesto de coragem e impetuosidade de Flaviane, aclamada ‘heroína brasileira’, que salvou uma criança de 11 anos das agressões e atrocidades. E, não fosse a destemida gerente, possivelmente, quando chegasse em casa, o garoto seria espancado e, sabe se lá, vítima de outros abusos.
Segundo explicou Rafaela, proprietária do “Mrs. Potato “, aquele 1º de janeiro era folga de Flaviane, mas com a falta de um funcionário, a gerente decidiu substitui-lo. Outro detalhe, segundo relatou Flaviane, a família estava sentada na única mesa do restaurante de onde era possível se comunicar com o garoto, sem que as outras pessoas vissem.
Coletiva de imprensa
A detetive Erin Lawler, que conversou com o garoto, relatou atos abusivos pelas quais ele foi submetido: apanhava do padrasto, que às vezes usava uma vassoura. Era pendurado de cabeça para baixo, preso pelos tornozelos, no batente de uma porta. E quando os pais foram presos, o menino relatou que sentia muita dor, e havia hematomas em várias partes do seu corpo. O padrasto e a mãe estão sendo acusados de maus tratos e negligência infantil.
Parabéns, Flaviane! Heroína brasileira!
Fonte: Nossa Gente