Os avós brasileiros, condenados à prisão federal por ajudarem a sequestrar o neto,…

Os avós brasileiros, condenados à prisão federal por ajudarem a sequestrar o neto, processaram o genro nesta semana, alegando que ele fraudou o tribunal no julgamento que levou a suas condenações.

Carlos e Jemima Guimarães foram sentenciados em dezembro passado por envolvimento no sequestro de Nicolas Brann, agora com 9 anos, e que mora no Brasil com sua mãe.

O pai do menino, Christopher Brann, compartilhava a guarda do filho com sua ex-esposa, Marcelle Guimarães.

Em uma coletiva de imprensa na manhã de quinta-feira (14), o advogado dos avós, Jeff Diamant, disse que Brann distorceu a narrativa de seu casamento com sua filha, retratando-se como vítima de violência doméstica.

“Este processo é sobre o fato de que (Brann) construiu este castelo de cartas em mentiras”, disse Diamant. “Seu comportamento e conduta durante seu casamento foi nada menos do que sociopata”, afirmou.

O advogado de Brann, Alan Daughtry, chamou o processo de “frívolo”. Ele disse que seu cliente pretende apresentar uma moção para rejeitar o processo.

“A alegação de ‘fraude no tribunal’ já foi rejeitada, como o Dr. Brann prevaleceu sobre o mérito perante um júri federal, um juiz do tribunal do Texas e o Primeiro Tribunal de Apelações”, escreveu Daughtry em um comunicado quinta-feira.

O processo, aberto quarta-feira no tribunal do distrito de Harris County, alega que Brann se envolveu em padrões de violência doméstica e dependência sexual e pornográfica. Ele inclui acessos a diário, e-mails e correios de voz enviados para Marcelle e trechos de seu depoimento do Tribunal no Brasil – para onde Marcelle se mudou com Nicolas.

“Ela fez isso como mãe para proteger seu filho”, disse Diamant.

O caso dos Guimarães atraiu a atenção da mídia internacional, em parte porque Brann defendia que os tribunais, legisladores e diplomatas de dois países interviessem e testemunhassem em audiências no Capitólio.

O conflito prolongado começou quando Marcelle Guimarães levou Nicolas, então com 3 anos, para participar de um casamento de família no Brasil, em julho de 2013, e nunca mais retornou.

Em 2017, Marcelle e seus pais foram acusados, sob sigilo, e os avós foram presos quando seu avião aterrissou em Miami.

Carlos, um empresário e diretor de escola primária, foi condenado em maio de 2018. O caso foi um dos 53 processos de sequestro de parental internacional interposto pelo Departamento de Justiça e a primeira condenação da Comissão de Penas dos EUA envolvendo avós não-cidadãos deste país.

Carlos Guimarães foi condenado a três meses em prisão federal. Jemima Guimares foi sentenciada a um mês em uma instalação federal. Depois do tempo em custódia, ambos os réus devem cumprir um ano de liberdade condicional.

Marcelle, que vive com Nicolas na cidade de Salvador (Bahia), é considerada uma fugitiva pelo governo dos EUA.

Fonte: Redação Braziliantimes

Fonte: Brazilian Times