Armas, contrabandistas e objetivos impossíveis. Esta foi a jornada perigosa de Glover Teixeira que durou 43 dias para dar início a um sonho

Superar obstáculos no cage parece fácil em comparação com o que Glover Teixeira superou para realizar o sonho americano. Ele pode se tornar o homem mais velho a ser coroado campeão do UFC pela primeira vez ao desafiar Jan Blachowicz pelo cinturão dos meio-pesados ​​no dia 30 de outubro, no UFC 267.

Mas antes disso, Glover contou ao podcast em português do MMA Fighting, Trocação Franca, um pouco sobre sua jornada do Brasil para os Estados Unidos Estados, como imigrante indocumentado.

O brasileiro, que completou 42 anos na véspera da pesagem do UFC 267, em Abu Dhabi, era um dos muitos garotos da pequena cidade brasileira de Sobrália, em Minas Gerais, que sonhava em partir em busca de uma vida melhor nos Estados Unidos. A região se tornou famosa no Brasil por ser o ponto de partida de milhares de pessoas que tentavam entrar ilegalmente nos EUA, e Teixeira acabou se juntando ao grupo. “Não tínhamos conexão com a internet naquela época, não tínhamos nada, então só podíamos imaginar como eram os Estados Unidos”, disse. “Era o sonho de toda criança. Ninguém de Sobrália tentou obter visto. Tínhamos guias que nos levariam através do México. A maioria deles voltou depois de três ou quatro anos e comprou carros ou casas”, continuou.

Quando Glover decidiu se arriscar na travessia, ele tinha apenas 19 anos de idade, cinco anos depois que seus primos deixaram a Sobrália para ganhar a vida na América. Cruzar a fronteira já não era uma tarefa fácil e chegar lá se tornou um grande desafio. “Foi tenso. Demorou 43 dias depois que sai de Sobrália até chegar a Danbury (Connecticut). Todo mundo sabe como é perigoso cruzar a fronteira dos EUA com o México. Pessoas morrem, pessoas são presas, torturadas. Então, minha mãe ficou estava muito preocupada, mas também esperançosa de que seu filho estava indo atrás dos sonhos deles, indo atrás de uma vida melhor”, destacou.

Glover disse que primeiro pegou um ônibus para o Rio de Janeiro, com um grupo de 12 pessoas, e ficou na cidade por uma semana para pegar seu passaporte. O grupo, então, embarcou em um voo para Bogotá, na Colômbia, onde iniciou uma viagem pela Guatemala e outros países da América do Sul.  “Estava me divertindo muito”, disse. “Eu tinha 19 anos. Eu não me importei. Eu bebia todas as noites e ficava bêbado na maior parte do tempo. Mas passamos por alguns lugares assustadores. Estávamos em uma ilha na Guatemala com os nativos. Eram boas pessoas, mas dava para ver que não havia polícia ali, não havia nada. Eles nos trataram muito bem, mas os guias obviamente estavam subornando todo mundo”, contou. “É perigoso. Alguns de meus amigos eram encrenqueiros, então sempre dizíamos a eles para manter a calma, porque estávamos em um lugar diferente”, continuou.

O grupo finalmente chegou a Tijuana, no México. A partir daí, a situação ficou mais complicada.

Glover e seus colegas tinham que ficar espertos e esperar o momento perfeito para cruzar a fronteira, caso contrário, provavelmente seriam pegos pela patrulha.

Glover disse que ficou em Tijuana por oito dias, esperando o nevoeiro chegar para que o helicóptero e os agentes de imigração não nos vissem. “Tivemos que esperar por uma forte neblina para cruzar o deserto à noite”, lembra.

O grupo conseguiu cruzar a fronteira “rapidamente” e “sem qualquer estresse” e finalmente chegou aos EUA em “quatro ou cinco horas”.

A mãe de Glover mal conseguia dormir durante aquele período de 20 dias em que seu filho deixou de se comunicar. No entanto, a família não tinha ideia de que a etapa mais assustadora da jornada ainda o aguardava quando o jovem chegou a San Diego. “Tivemos que ficar em uma por 12 dias, esperando o guia para pagar os coiotes, as pessoas que nos contrabandearam através da fronteira”, disse. “Eles não nos deixaram sair da sala antes de serem pagos. Só comíamos uma vez por dia uma fatia de pão com feijão. Perdi 26 libras”, acrescentou. “Comemos bem durante toda a viagem pela Colômbia, fizemos churrasco com os indígenas na Guatemala, compramos comida em Tijuana enquanto estávamos lá. Mas em San Diego, ficamos trancados até que os coiotes recebessem o pagamento. Só comíamos uma vez por dia, não podíamos sair da sala. Eles tinham armas e tudo, esperando pelo dinheiro”.

Glover disse que os contrabandistas ofereceram a cada um dos homens da Sobralia a chance de fazer a travessia ilegal da fronteira de graça. Tudo o que precisavam fazer era carregar uma mochila com eles e entregá-la a uma pessoa em San Diego, mas Glover recusou a oferta. “Não vou levar nada. Você é louco?”, indagou ele, que perdeu a própria mochila durante a viagem e não tinha nada além das roupas que vestia quando chegou aos EUA. “Eu não sei o que eles pediam para entregar. Acho que foi droga ou arma, não sei. Eu nem vi, só disse que não aceitaria. Isso não fazia parte do acordo. O negócio era me levar aos EUA para trabalhar, nunca falei em levar nada para ninguém”, continuou.

A principal preocupação de Glover enquanto ficou trancado era ter que voltar para o Brasil, mas o guia acabou pagando os contrabandistas e ele ficou livre para ir. Imediatamente pegou um voo comercial para Boston e depois partiu para Connecticut, onde vive até hoje, em Danbury.

Vinte e três anos depois, Glover não aconselha as pessoas a seguirem o mesmo caminho que ele. “Paguei um preço altíssimo nos anos que se seguiram”, disse.

Mas anos depois ele prosperou e conseguiu se tornar um dos lutadores de UFC de maior destaque na categoria. Com isso veio a sua legalização e reconhecimento.

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Fonte: Brazilian Times