Filha da contadora Rosana Sales e do administrador, mas hoje motorista de aplicativo, Walter Ramos, a atleta diz estar curtindo os primeiros dias no novo país:

Pela primeira vez nos EUA, a carioca Jessica Sales está vivendo o maior desafio da vida, aos 19 anos. Depois de desembarcar no país no último dia 26, a jogadora disputa, nesta sexta-feira e neste sábado, no Novo México, o primeiro torneio pelo Seward County’s Volleyball, universidade pela qual já começou a estudar Biologia.

Filha da contadora Rosana Sales e do administrador, mas hoje motorista de aplicativo, Walter Ramos, a atleta diz estar curtindo os primeiros dias no novo país:

– Estou me adaptando muito bem, às vezes é difícil pensar em inglês ou me controlar para só falar nesse idioma. Mas as outras meninas estão me ajudando muito, já criamos uma química incrível – agradece a brasileira.

Ao todo, a equipe do Seward reúne cinco idiomas diferentes, já que são três americanas, uma turca, outra sul-coreana, quatro brasileiras e mais cinco de outros países da América Latina.

O torneio que começa nesta sexta também reúne o New Mexico Military Institute, Salt Lake Community College, Pima Community College e o Snow College.

–  Estamos treinando há três semanas, vamos fazer um ótimo torneio – acredita.

Jessica começou nas quadras ainda na infância, por influência dos pais, que queriam ver a filha vencendo a timidez.

Não demorou muito para a atleta mostrar aptidão para o vôlei. De 2013 a 2019, a filha de Rosana e Walter vestiu a camisa do Flamengo, pelo qual conquistou troféus como a Copa Cidade Maravilhosa. 

Estudar no exterior passou a ser um sonho cada vez mais próximo em 2015, quando Jessica, graças a uma bolsa em função do vôlei, passou a estudar no CEL Intercultural School.

– No começo, achei que não iria me adaptar nessa rotina cansativa de ter que treinar muito e estudar mais ainda. Mas tive muito apoio da escola para poder conseguir fazer tudo direto. O CEL me ajudou a tentar criar rotinas de estudos, e para conseguir fazer as provas que eu perdia viajando por causa dos campeonatos.

Em relação ao CEL, a filha de Rosana e de Walter também é grata à coordenadora da unidade da Barra, Camila Fernandes.

 – Sempre tive vontade de estudar no exterior e, com o esporte, eu sabia que teria mais chances ainda.  Assim que eu contei para a minha coordenadora, ela me deu total apoio e me deu algumas dicas de ex-estudantes que fizeram o mesmo que eu – agradece.

Jéssica se sente ainda mais vitoriosa por ter sido aprovada para uma universidade americana em plena pandemia:

– No início da quarentena, cheguei a desistir de tentar estudar no exterior, porque não estava mais animada por causa de toda situação que estávamos vivendo. Mas tive algumas conversas com minha coordenadora e ela me ajudou muito. Então, entrei em contato com uma agência que ajuda atletas a estudar no exterior (MM Volleyball) e consegui a bolsa no Seward Community College.

Homenagem com backlight

A filha de Rosana e Walter, no dia 17 de maio, foi homenageada na unidade da Barra da Tijuca com um backlight que exibe suas aprovações em universidades:

– Eu fiquei muito feliz porque todos os anos eu olhava os antigos alunos comemorando suas conquistas com a escola e agora foi a minha vez.

Uma inspiração diária para alunos e alunas que também sonham em estudar (e brilhar) no exterior.


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Fonte: Brazilian Times