Sair do Brasil para estudar e, também, praticar uma modalidade é o sonho de muitos…

Sair do Brasil para estudar e, também, praticar uma modalidade é o sonho de muitos jovens/adolescentes. Muitos deles optam pelos EUA, principalmente, pela incrível estrutura que as universidades oferecem e pelas chances que o país lhes dá. Nem todos os brasileiros, no entanto, se adaptam ao novo país e acabam regressando. 

Por outro lado, há os que não só vencem os obstáculos, como fazem planos de se mudar, definitivamente, para a América. É o caso da carioca Paola Pimentel, de 20 anos, que desde 2019 até maio deste ano morava e jogava vôlei no Miami Dade College, onde se formou em Jornalismo e Comunicação. Em agosto, ela inicia a graduação em Business, Marketing e Publicidade, no conceituado Georgia Institute of Technology, em Atlanta.

De férias no Rio, onde foi visitar a família e amigos, a líbero, nesta semana, conversou com alunos do 9º ano do CEL Intercultural School, na Barra da Tijuca, de onde foi aluna: “Entrei no CEL no meu oitavo ano até o Ensino Médio, me formei aqui. Morar nos EUA tem sido uma experiência única, vale muito a pena, aprender novos idiomas e só coisas boas pela frente. Super recomendo”.

No Miami Dade College, a adaptação de Paola foi facilitada pela quantidade de atletas latinas.

“No meu time, das 18 meninas, nenhuma era americana. Tínhamos 10 países diferentes, como Itália, Trinidade e Tobago, Haiti, República Dominicana, Peru e Colômbia. Éramos, também, quatro brasileiras. Pra mim foi muito difícil no início, pensei que não conseguiria me adaptar. Das brasileiras, eu era a única do Rio. Todo mundo começou do zero, isso foi muito legal também. Cheguei lá perdida, sem saber por onde começar. Metade falava espanhol, eu não falava nem espanhol, só inglês. Então, no início, só falava com as três que também falavam inglês, não falava com metade do time”, recorda a estudante e atleta”.

Saudade da família

Mas não demorou muito para a filha única de Wilson e Mônica se enturmar com o restante da equipe:

“Com um mês e meio passei a falar espanhol fluentemente, hoje em dia minhas melhores amigas são uma colombiana e uma peruana. Eu pensava que ficaria nervosa com o inglês, cheguei lá era tudo em espanhol. Dou graças a Deus por ter aprendido uma língua nova. Me adaptei mais rápido por ter muito latino”.

A saudade dos pais foi um dos maiores adversários de Paola, principalmente por conta da restrição de voos em função da Covid-19.

“Tinha um plano de vir a cada seis meses, ou eles iriam a cada seis meses. Mas acabei ficando 1 ano e sete meses sem conseguir voltar. Foi demais, sinto muita falta”, revela a jogadora, ao mesmo tempo em que afirma ter formado uma verdadeira família com as companheiras de equipe.

“Acabei me adaptando muito bem com isso. Elas também não tinham os pais ali, estávamos todas na mesma situação”.

Aprender a fazer tarefas de casa foi outro adversário para Paola: “Nunca tinha dobrado roupa de cama, limpado chão, não sabia fazer nada. E lá as tarefas domésticas são divididas. Falava com minha mãe: quero voltar, porque aqui é muito cômodo para a gente, temos tudo na mão. Pensei: vai ser um desafio para mim mesma e acabou sendo a melhor parte. Aprendi coisas que nunca faria sozinha aqui, nunca iria cozinhar.  Fui vendo vídeos, aprendi a cozinhar. Passei a preparar comida que nem sabia que gostava”.

Estrutura sem comparação

Segundo a estudante, não dá para comparar a estrutura dos ginásios universitários americanos nem mesmo com os da Superliga, principal competição no Brasil:

“Joguei duas temporadas lá. No primeiro ano foram 32 jogos, em 32 lugares diferentes, viajamos o país inteiro. Acho que o pior ginásio que joguei não se compara com os da Superliga daqui. Imagine um time profissional daqui que tem uma estrutura muito boa, isso para eles é o pior College (universidade). O simples para eles é nosso máximo aqui”, comparou Paola.

A jogadora carioca não vê a hora de estrear pelo Georgia Tech.

“A universidade é muito bem rankeada, o técnico, Claudio Pinheiro, é brasileiro, foi assistente da seleção e campeão olímpico. A treinadora também é brasileira: Michelle Collier. Estou muito ansiosa, acho que vai ser bem diferente de Miami. Primeiro porque não vai ter tanto latino, espanhol”. 

Conselho aos alunos

No bate-papo com os alunos do CEL, Paola deixou um conselho importante para quem planeja seguir os mesmos passos:

“O esporte sozinho não chega a lugar nenhum. Você pode ser a melhor atleta possível, mas, se não tiver um Ensino Médio completo, não tiver conhecimento, fica muito difícil conciliar os dois. Sempre quis ter o vôlei e estudos juntos. Se tivesse que decidir, em algum momento, entre um e outro, escolheria o estudo. Foi o que fiz. Poderia jogar profissional no Brasil, ou estudar e jogar nos EUA. Quem tem oportunidade de estudar nos EUA, mesmo sem o foco nos esportes, deve aproveitar. Eles são muito   braços abertos aos estrangeiros. Uma coisa que o CEL sempre fez foi incentivar isso, esse conhecimento sobre estudar no exterior. Sempre o estudo tem que estar em dia”. 

No CEL, aliás, Paola colecionou conquistas, como o Estadual, Brasileiro, Sul-Americano e um Mundial. E guarda as lembranças do colégio com muito carinho.

“Vivi os melhores anos da minha infância no CEL, turmas inesquecíveis e muitas memórias de campeonatos que participei durante 5 anos. Na adolescência, obviamente, eu queria aproveitar meu tempo livre à parte do vôlei. E, no CEL, eu tinha os dois, amigos atletas e também a vida acadêmica de uma aluna normal”, agradece a brasileira. 

Inspiração para todos que querem seguir este caminho.

A estudante diz que não dá para comparar a estrutura dos ginásios universitários dos EUA nem mesmo com os da Superliga, principal competição no Brasil

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Fonte: Brazilian Times