Na cozinha apertada de um restaurante espanhol em Bridgeport (Connecticut), cozinheiros,…

Na cozinha apertada de um restaurante espanhol em Bridgeport (Connecticut), cozinheiros, lavadores de louças e motoristas de entrega trabalham em contato próximo, sem equipamento de proteção individual, cada um arriscando sua saúde em busca de um salário.

As informações foram reveladas por uma funcionária, que é indocumentada assim como seus colegas.

A mulher de 34 anos de idade disse que os funcionários podem trazer suas próprias máscaras, se as tiverem. “Eles pediram proteção, mas os proprietários do restaurante fizeram ameaças e alegaram que os funcionários não são ‘substituíveis’”, disse ela.

A mulher, cujo nome foi mantido em segredo para evitar represália, disse que está com medo de ir trabalhar. Mas, mesmo trabalhando horas reduzidas como resultado da pandemia de coronavírus, ela acha que o trabalho é vital. “Tenho uma filha de 16 anos que mora comigo em um apartamento em Bridgeport e preciso de dinheiro para alimentar, cuidar e pagar as contas”, afirmou.

E a situação dela não é única. Durante uma crise de saúde pública sem precedentes que colocou em dúvida as perspectivas econômicas e de saúde de norte-americanos bem estabelecidos, pessoas vulneráveis como ela são especialmente atingidas.

“Estou sem documentos, então não há realmente muitas opções para procurar em outro lugar”, disse a mulher através de um intérprete na semana passada. “Muitos lugares pedem um número de Seguro Social (Social Security). E não conheço muitas pessoas em Bridgeport. Só estou aqui há um ano”, disse.

“Neste momento, a situação é realmente difícil para mim. Não é que eu queira estar neste trabalho, porque todos os dias me sinto ameaçada pelo supervisor, mas preciso”, continuou.

A imigrante veio da Nicarágua para a América há cerca de um ano. Ela temia especialmente pela filha, que foi forçada a participar de manifestações pró-governo ou retaliação em seu país de origem. O filho de 10 anos permanece na Nicarágua com os pais. “Eu não tinha dinheiro para trazê-lo”, afirmou.

Apesar do perdão de aluguel de curto prazo exigido pelo governador Ned Lamont, ela disse que a tensão com o proprietário está aumentando. “Quando eu falei que não conseguiria pagar o aluguel total do mês de abril, meu senhorio ameaçou cortar o fornecimento de água do apartamento”, disse.

Os imigrantes indocumentados foram, em geral, omitidos nos planos de ajuda federais e estaduais, apesar das solicitações de ativistas e grupos sem fins lucrativos que prestam serviços. Muitos perderam o emprego ou não têm escolha a não ser continuar trabalhando em condições perigosas.

A brasileira Camila Bortoletto, cofundadora da Connecticut Students for a DREAM, disse que que, além de trabalhar em empregos essenciais, pessoas sem documentos contribuem para a sociedade pagando impostos – bilhões de dólares em impostos anualmente, de acordo com um relatório de 2017 – mas foram excluídas dos pacotes de estímulos federais e estaduais.

Bortoletto se mudou do Brasil para os Estados Unidos com sua irmã gêmea, Carolina (que também co-fundou a organização), e sua família, quando elas tinham 9 anos. Agora, com 31 anos, se considera sortuda porque, por meio de seu status de Ação Diferida para Chegadas de Infância (DACA, sigla em inglês), ela também tem acesso aos cuidados de saúde. Mas a maioria dos imigrantes sem documentos não tem tanta sorte.

“Nossa comunidade trabalha para manter a sociedade funcionando. Então, muitas pessoas ainda estão por aí trabalhando todos os dias – isso aumenta a exposição”, disse. “Felizmente, tenho muita sorte. Eu ainda tenho uma renda. Eu ainda tenho seguro de saúde. Mas ainda me preocupo porque sei que a maioria da minha comunidade não tem isso”, continuou.

Em Bridgeport, a mulher que trabalha como cozinheira em um restaurante espanhol tem preocupações que vão além de sua saúde e finanças. A milhares de quilômetros de distância de seu filho, mãe, pai, irmã e irmão, ela está preocupada com o impacto emocional sobre sua família na Nicarágua se contrair a doença.

“Eu realmente não tenho as palavras”, disse ela. “É realmente uma coisa grande para mim. A única coisa que eu consigo pensar é na minha família. Houve mortes. Se eu for contaminada, minha família vai pensar que algo vai acontecer comigo”, explicou.

A cada dia que passam sem emprego, a situação dos imigrantes se complica mais ainda. Muitos até cogitam ir embora do país, pois teriam melhor apoio em seus países de origem.

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Fonte: Redação – Brazilian Times.

Fonte: Brazilian Times