As cidades do santuário de Massachusetts, como Somerville, Cambridge e Boston, ficariam…

As cidades do santuário de Massachusetts, como Somerville, Cambridge e Boston, ficariam sobrecarregadas se o presidente Donald Trump seguisse com sua ameaça de inundá-las com milhares de imigrantes detidos na fronteira, segundo especialistas locais em economia e imigração.

Os sistemas escolares ficariam tensos e seria impossível acomodá-los em um mercado imobiliário já saturado e sobrecarregado.

Embora os funcionários de Somerville e Cambridge tenham divulgado o status de “cidade santuário”, e Boston se considera uma cidade de “de confiança” para indocumentados, os imigrantes poderão ser alojados em Lynn, Chelsea e outros locais, onde o custo de vida é mais baixo, de acordo com Jessica Vaughan, diretora de estudos de política do Center for Immigration Studies.

“Somerville e Cambridge têm custos de moradia acima da média, então, eventualmente, seriam os imigrantes seriam empurrados para áreas mais acessíveis”, disse ela. “A menos que os voluntários levem as pessoas para suas casas, eles precisariam seguir em frente.”

Somerville já está enfrentando uma crise imobiliária, segundo a vereadora Stephanie Hirsch. “Dez por cento das unidades residenciais da cidade são acessíveis, e há uma longa lista de espera”, disse.

Nesta segunda-feira, dia 15, quando perguntada onde esses imigrantes viveriam, ela respondeu: “Essa é uma boa pergunta”, acrescentando que isso seria um desafio, considerando a crise imobiliária da região. Mas acrescentou: “Espero que nós, como cidade e região, continuemos a receber um fluxo de imigrantes. Precisamos nos unir como uma comunidade para atender melhor a todos os nossos residentes”.

O diretor-executivo do Instituto Internacional da Nova Inglaterra, Jeff Thielman, disse acreditar que os imigrantes poderiam encontrar trabalho na região porque os empregadores estão desesperados por funcionários.

“Mas os imigrantes que inundam as escolas da região causariam grandes problemas para os distritos que enfrentam pressões orçamentárias”, disse Vaughan. “Quando um grande número de crianças chega, os distritos precisam dilatar seu orçamento”, acrescentou. “É uma tensão.”

Esses estudantes também enfrentam barreiras com o idioma e isso exige serviço extra de apoio.

Hirsch argumentou que as escolas da cidade teriam espaço para mais alunos. “Eles poderiam adicionar cinco alunos em cada sala de aula, por exemplo, sem ser um fardo”, disse. “Metade dos alunos de Somerville fala outro idioma além do inglês, em casa”, acrescentou.

Fonte: Redação Braziliantimes

Fonte: Brazilian Times