Um tribunal do Texas considerou nesta sexta-feira (25) os brasileiros Carlos e Jemima Guimarães culpados de ajudar a sequestrar seu neto e levá-lo ao Brasil, na última etapa da longa batalha judicial do pai americano pela guarda do menino de 8 anos.
Carlos e Jemima foram absolvidos de outras acusações em um tribunal em Houston (Texas).O médico Christopher Scott Brann tenta retorno do filho para os EUA.O juiz disse que ainda analisará uma petição da defesa de anular a decisão do júri e absolver o casal de todas as acusações, segundo o “Houston Chronicle”. Este tipo de anulação, no entanto, raramente é concedido.
Os Guimarães foram presos em fevereiro quando chegaram a Miami (Flórida) de férias. Eles foram acusados de colaborar com o sequestro de seu neto, há cinco anos.
Após se separar do marido, a filha do casal, Marcelle Guimarães, viajou em 2013 ao Brasil, prometendo que voltaria, mas obteve a custódia total na Justiça brasileira. Desde então o pai, Chris Brann, tenta, sem sucesso, recuperá-la.
Brann é um médico americano que vive em Houston e levou o caso ao Congresso americano, onde pediu para Washington impor sanções ao Brasil por descumprir a convenção de Haia sobre o sequestro internacional de menores.
Espera-se que o casal sexagenário seja condenado dentro de dois ou três meses, se o veredito for mantido. Eles receberão pena máxima de três anos de prisão.
Durante o julgamento, o casal apresentou indícios de que a mãe do menino estava fugindo de violência doméstica, segundo informou a imprensa local.
“Estamos abatidos”, disse à emissora KHOU-TV o advogado dos Guimarães, Rusty Hardin, fora do tribunal.
Um caso similar provocou a aprovação, em 2014, da Lei Sean Goldman, um menino que tinha sido levado ao Brasil pela mãe. A norma autoriza Washington a tomar medidas quando outro país se negar a devolver crianças americanas sequestradas.
Sean Goldman voltou aos Estados Unidos em 2009 por força da Convenção de Haia, cinco anos depois de ter sido separado de seu pai.
Fonte: Redação – Brazilian Times