Nathan SutherlandDireito de imagem Maricopa County Sheriff’s Office
Image caption Nathan Sutherland, 36, trabalhava na clínica em que paciente engravidou

Um técnico em enfermagem foi preso sob acusação de ter violentado sexualmente uma paciente em estado vegetativo que deu à luz em dezembro no Estado do Arizona, nos Estados Unidos.

A mulher estava internada em uma clínica administrada pela organização Hacienda HealthCare, na cidade de Phoenix.

Segundo o chefe da polícia local, Jeri Williams, os investigadores prenderam Nathan Sutherland, de 36 anos, sob acusação de abuso sexual e estupro de vulnerável. Ele foi transferido para a prisão de Maricopa County.

Williams disse que Sutherland trabalhava na Hacienda HealthCare desde 2011 e tomava conta da paciente na época em que o estupro ocorreu. O chefe de polícia disse que o caso se tornou uma prioridade em seu departamento.

“Nós devíamos essa prisão à vítima”, Williams disse. “Devíamos essa prisão ao mais novo membro da nossa comunidade, aquele bebê inocente.”

A paciente de 29 anos deu à luz um menino na unidade em 29 de dezembro. A criança está sob os cuidados da família da mulher, que não teve a identidade revelada.

A família descreveu a paciente como tendo “deficiências intelectuais significativas” e disseram que não ela não podia falar mas tinha movimentos limitados e respondia a sons.

Depois do nascimento, uma investigação policial recolheu amostras de DNA dos empregados da clínica. A polícia ainda está averiguando se Sutherland abusou de outras pacientes.

Os funcionários disseram que não tinham ideia de que ela estava grávida – registros do tribunal dizem que seu último exame físico havia sido feito em abril.

Ao noticiar o nascimento do bebê, a filial da CBS em Phoenix, KPHO-TV, citou uma fonte segundo a qual a paciente precisaria de atenção 24 horas por dia e por isso muita gente teria acesso ao seu quarto.

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Image caption Uma mulher em estado vegetativo deu à luz nesta clínica de Phoenix, EUA

Medidas de segurança

O protocolo da clínica mudou depois do incidente e, desde então, homens que entram em quartos ocupados por mulheres devem ser acompanhados por colegas do sexo feminino.

Em comunicado divulgado no começo do mês, a Hacienda HealthCare declarou que “recentemente tomamos conhecimento de um episódio profundamente perturbador envolvendo a saúde e a segurança de uma paciente da Hacienda”.

Na ocasião, David Leibowitz, porta-voz da Hacienda HealthCare, acrescentou que a organização estava “completamente comprometida em descobrir a verdade do que é, para nós, um assunto sem precedentes”.

O CEO da Hacienda HealthCare pediu demissão depois do ocorrido e, nesta semana, a clínica anunciou que duas outras pessoas haviam deixado seu quadro de funcionários.

Em sua página na internet, a Hacienda HealthCare declara que sua tarefa é prover cuidados para “pacientes jovens, adolescentes, crianças e bebês cronicamente doentes e clinicamente frágeis, assim como outros com incapacidades intelectuais e transtornos de desenvolvimento”.

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Fonte: BBC