SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Muitos acreditam que cruzar com gato preto, passar por debaixo de escadas e quebrar espelhos podem trazer ainda mais azar às sextas-feiras 13. Marcada pela ideia de mau agouro, a data pode desenvolver até fobia em alguns: triscaidecafobia, por exemplo, é o nome dado ao medo irracional e incomum ao número 13; já parascavedecatriafobia ou frigatriscaidecafobia são termos usados para o medo específico para esse dia.

Para a parcela da população que leva a superstição muito a sério, um alerta: neste ano, o dia 13 cai duas vezes em uma sexta-feira. A primeira é nesta sexta e a próxima só em outubro. Em 2022 e em 2021, por exemplo, o número mal-assombrado só caiu uma vez no sexto dia da semana.

Há diferentes possíveis origens para o tabu. Uma delas relaciona a falta de sorte e a data com a mitologia nórdica. De acordo com a lenda, um banquete oferecido pelo deus Odin aconteceu para 12 convidados.

Loki, considerado o deus do mal, da trapaça e da discórdia, soube do encontro para o qual ele não foi chamado e matou um dos participantes. Assim, passou-se a acreditar que um encontro entre 13 pessoas pode terminar em tragédia.

Outras explicações estão ligadas ao cristianismo, uma vez que, segundo a tradição, Jesus foi crucificado numa sexta-feira. Além disso, a Santa Ceia contou com a presença de 13 pessoas.

Há, ainda, a possibilidade de que a superstição esteja ligada ao livro “Sexta-feira 13”, lançado em 1907 por Thomas Lawson e que conta a história de um corretor de Wall Street que manipula o valor de ações para se vingar de seus inimigos e os deixa na miséria. Embora não o tenha criado, a obra teria ajudado a disseminar o temor pelo dia.