Victoria Brignell, uma mulher tetraplégica, ficou mais de uma hora esquecida num avião que chegava ao aeroporto de Gatwick no Reino Unido, porque nenhum membro da empresa foi ao seu auxílio.

Segundo Brignell disse à BBC, para ela poder sair do avião – porque não pode usar os braços ou pernas – tem de ser levantada por duas pessoas, que a transferem do seu assento para uma cadeira de rodas adaptada aos corredores estreitos do avião e depois transferida para a sua cadeira de rodas no exterior.

“Reservei a ajuda com três meses de antecedência, não era como se eu tivesse acabado de aparecer, eles sabiam que eu estava chegando”, disse a mulher.

Aparentemente, foi dito inicialmente que a espera demoraria apenas 50 minutos. No entanto, não foi este o caso: “A minha cadeira de rodas chegou rapidamente, mas as pessoas que deveriam ajudar-me a sair do avião não apareceram, estavam ocupadas”.

O pessoal da British Airways, aérea com quem ela viajava, foi quem a ajudou durante o voo e durante o tempo em que teve de esperar no avião. Foram também eles que eventualmente a ajudaram a sair do avião.

O caso foi dado a conhecer pela sua amiga, a jornalista Sonia Sodha, no Twitter.

Sodha escreveu: “Olá aeroporto de Gatwick. A minha amiga com uma deficiência, ficou à espera num avião que aterrissou há uma hora. Isto é realmente inaceitável”.

“Sinto que em 2022 as pessoas não devem ficar presas num avião durante tanto tempo. Os aeroportos do Reino Unido precisam de se organizar e planejar o seu pessoal em conformidade”, comentou Brignell.

Um representante do aeroporto disse à BBC que o incidente já foi comunicado ao prestador de assistência do aeroporto, a empresa Wilson James, e que será realizada uma investigação.