SPIRIT AIRLINES AIRBUS A-319

Uma mulher de 83 anos morreu durante um voo da Spirit Airlines que havia saído de Fort Lauderdale em direção a Costa Rica, informou a companhia na noite de sexta-feira (14).

Uma enfermeira disse que a tripulação obrigou os passageiros – incluindo crianças – a passar pelo cadáver da mulher descoberta.

Segundo Eric Hofmeyer, porta-voz da companhia aérea, havia cinco passageiros com treinamento médico no voo que que tentaram reanimar a passageira.

“Acreditamos que os comissários de bordo usaram todas as possibilidades disponíveis para ajudar nossa passageira”, escreveu Hofmeyer em um e-mail.

A enfermeira Nathalie Albino, que é certificada em Suporte Avançado de Vida Cardiovascular, discorda. Ela estava a caminho de planejar seu casamento na Costa Rica quando respondeu ao chamado das comissárias de bordo para ajudar a mulher.

“A maneira como a Spirit Airlines lidou com essa situação foi vergonhosa e aterrorizante”, disse Albino, acrescentando que a equipe da Spirit Airlines “agiu tão mal e pouco profissional”.

Albino disse que ela e três outras pessoas realizaram CPR por 35 minutos na fila de saída de emergência na frente de outros três passageiros. Ela disse que eles “não foram assistidos pela tripulação” e tiveram que “descobrir” o que fazer sozinhos.

“Eles não desviaram o avião e continuaram diretamente para o aeroporto Juan Santamaría, na Costa Rica”, escreveu Albino. “Nos disseram que tínhamos mais 49 minutos de voo. Conforme continuamos os procedimentos para tentar reanimar a passageira, ficou evidente que ela não seria reanimada e não havia nada que pudéssemos fazer com o equipamento limitado que tínhamos”.

Albino disse que um passageir, que é médico, disse que a senhora morreu às 13:10.

Albino disse que pediu um cobertor para cobrir o cadáver da mulher, mas a equipe não forneceu um. Então os voluntários tiraram o suéter dela e o colocaram sobre sua cabeça. Albino disse que eles também haviam pedido para afastar o corpo dos outros passageiros, mas a tripulação também não conseguiu fazer isso.

“A alternativa que eles ofereceram foi colocar o cadáver da mulher de volta em seu assento, apertando o cinto, ao lado de sua amiga”, disse Albino.

Sentindo-se impotente, Albino disse que voltou ao seu lugar. Depois de desembarcarem, ela disse que os paramédicos estavam em cena, mas o cadáver da mulher não foi removido do avião. Em vez disso, cada passageiro – incluindo seu filho – teve que desembarcar passando pelo cadáver da mulher.

Albino disse que havia apenas um membro da tripulação impedindo as pessoas de se reunir em volta da mulher.

“Ninguém mais fez nada para nos ajudar”, disse Albino, acrescentando que espera que, compartilhando sua experiência, a Spirit Airlines seja motivada a equipar sua equipe com “procedimentos e educação adequados para lidar com situações de emergência”. Com informações do Local10.

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Fonte: Gazeta News