Desenho de vítimas do assassino em série Samuel LittleDireito de imagem
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Polícia diz que criminoso tinha como alvo ‘mulheres marginalizadas e vulneráveis’

O FBI divulgou os desenhos que um serial killer fez de suas vítimas na esperança de que elas possam ser identificadas.

Samuel Little, de 78 anos, confessou ter matado 90 pessoas nos Estados Unidos entre 1970 e 2005. Hoje, ele cumpre três sentenças de prisão perpétua por assassinato.

Investigadores dizem que ele tinha como alvo “mulheres marginalizadas e vulneráveis” e que alguns dos corpos das vítimas não foram identificados e que alguns dos casos não foram investigados.

Após ouvir suas confissões, a polícia federal americana acredita que Little poderia ser um dos serial killers com o maior número de vítimas da história americana.


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Los Angeles, Califórnia: ‘Mulher branca entre 23 e 25 anos morta em 1996’




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‘Mulher branca morta em 1984. Conheceu a vítima em Columbus, Ohio. Corpo descartado em algum lugar no norte de Kentucky’



Little, um ex-pugilista, teria como prática derrubar suas vítimas com socos antes de estrangulá-las – o que significa que nem sempre havia “sinais óbvios” de que a pessoa, ao ser encontrada morta, havia sido assassinada.

Agora, autoridades estão esperando que os desenhos de Little possam ajudá-las a finalmente descobrir quem são as vítimas, para que suas famílias possam ser notificadas.

“Sem marcas de facadas ou ferimentos de bala, muitas dessas mortes não foram classificadas como homicídios, mas atribuídas a overdoses de drogas, acidentes ou causas naturais”, disse o FBI em um relatório em novembro do ano passado.


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‘Mulher branca de 20-25 anos de idade morta em 1972. Morta possivelmente de Massachusetts’




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‘Mulher negra, 26 anos, morta entre 1976 e 1979. Foi morta em St. Louis, Missouri. Vítima possivelmente chamada Jo ‘



‘Um dos serial killers mais prolíficos da história dos Estados Unidos’

Embora Little tenha sido condenado por três assassinatos, o FBI acredita que ele é responsável por muitos mais.

Little foi preso pela primeira vez em 2012, sob acusação de porte de drogas, em um abrigo em Kentucky, e transferido para a Califórnia. Uma vez que ele estava sob custódia da polícia de Los Angeles, os policiais realizaram testes de DNA.

Os resultados o ligaram a três assassinatos não resolvidos de 1987 e 1989, todos no condado de Los Angeles. Ele se declarou inocente no julgamento, mas acabou sendo condenado e sentenciado a três penas consecutivas de prisão perpétua, sem chance de liberdade condicional.


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‘Mulher negra entre 28-29 anos de idade morta em 1984, em Memphis, Tennessee’




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Houston, Texas: ‘Mulher negra entre 25 e 28 anos morta entre 1976 e 1979 ou em 1993’



Suas três vítimas conhecidas foram espancadas e estranguladas, antes de serem jogadas em becos ou lixeiras.

Antes de ser condenado por homicídio, Little já tinha uma extensa ficha criminal, por assalto à mão armada e estupro em vários Estados americanos.

O caso de Little foi passado para o Programa de Apreensão de Criminosos Violentos (ViCAP, na sigla em inglês) do FBI, que analisa pessoas que cometem atos violentos e sexuais em série. A unidade compartilha suas descobertas com autoridades locais de diferentes áreas, a fim de compará-las com os dados de quaisquer crimes não resolvidos.

A ViCAP fez uma checagem completa de Little e notou que os três assassinatos em Los Angeles foram muito semelhantes a várias mortes não resolvidas desde a década de 1970.


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‘Mulher negra de 35-45 anos morta em 1977. Conheceu a vítima em Gulfport, Mississippi. Vítima possivelmente de Pascagoula. Possivelmente trabalhou no estaleiro Ingalls.’




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‘Mulher negra morta em 1976 ou 1977. O corpo foi descartado em algum lugar fora de Wichita Falls (cidade não especificada)’



A analista criminal Christina Palazzolo explica no site do FBI que foi “encontrado um caso muito semelhante em Odessa, no Texas, e nós poderíamos situar Little nesta área, mais ou menos na mesma época”.

No ano passado, na esperança de descobrir mais informações e sabendo que ele queria mudar de prisão, eles ofereceram um acordo: a mudança em troca de informações sobre outras vítimas.

Foi quando Palazzolo, segundo o FBI, “mencionou cidades e Estados e deu o número de pessoas que matou em cada lugar”. Ao terminar, Little havia confessado 90 assassinatos. O FBI diz que, até agora, foi capaz de verificar 34 deles.

Muitas das vítimas de Little eram profissionais do sexo, tinham problemas de abuso de drogas e eram mulheres trans, cujas mortes podem não ter sido investigadas ou ter sido consideradas como acidentais na época.

Ele era capaz de dar detalhes sobre onde ocorreram os crimes e que carro estava dirigindo, mas não conseguiu se lembrar de datas específicas – o que, segundo os pesquisadores, dificultou a identificação das vítimas.

Agentes continuam a questionar Little e a coletar desenhos de suas supostas vítimas. Outras imagens são descritas como:

* Las Vegas, Nevada: “Mulher negra, 40 anos, morta em 1993”.

* Monroe, Louisiana: “Mulher negra, de 24 anos, morta entre 1987 e o início dos anos 90”.

* “Phoenix, Arizona: “Mulher branca morta em 1997. Vítima possivelmente chamada Ann”.

* “Mulher branca, 26 anos, morta em 1983 ou 1984. Vítima possivelmente de Griffith, Geórgia”.

* Atlanta, Geórgia: “Mulher negra de 23-25 anos morta em 1984. Vítima era possivelmente estudante universitária”.

* “Mulher hispânica de cerca de 40 anos. Assassinada em 1988 ou 1996. Vítima era possivelmente de Phoenix.”

* Atlanta, Geórgia: “Mulher negra de 35-40 anos morta em 1981”.

* Miami, Flórida: “Negra [trans], 18 anos, morta em 1971 ou 1972. Vítima possivelmente chamada Mary Ann ou Marianne”.



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Fonte: BBC