SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Após visita de quatro dias à China, agendada para começar no próximo domingo (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai aos Emirados Árabes Unidos, segundo comunicado desta terça-feira (21) do Ministério das Relações Exteriores.

O Itamaraty afirma que o petista inicia a viagem no próximo dia 31 e retorna ao Brasil no dia 1º de abril, segundo a agenda preliminar.

A potência regional do Oriente Médio foi visitada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em novembro de 2021. Na viagem, que durou seis dias, ele teve uma reunião bilateral com o emir de Dubai, Mohammed bin Rashid Al Maktoum.

Ele é considerado um dos homens mais ricos do país e esteve envolvido em diversas controvérsias –a principal delas foi a acusação de ter sequestrado duas de suas filhas, as princesas Shamfa e Latifa, impedindo-as de deixar o país, além de ter ameaçado a mãe delas, princesa Haya, uma de suas ex-mulheres.

O país, que fica na península Arábica e tem o tamanho aproximado de Pernambuco, se ancorou ao longo dos anos nas possibilidades que o golfo Pérsico lhe ofertou: até o século 19, pirataria e comércio; depois, pérolas e petróleo; e agora, negócios, logística e turismo.

Na viagem à China, o governo Lula vai contrapor uma ampla agenda em Pequim à falta de resultados concretos da visita a Washington.

Ele deve se encontrar com o líder chinês, Xi Jinping, e buscar negócios e parcerias para o Brasil. A expectativa é que o petista seja acompanhado de uma grande comitiva de empresários, tanto do setor industrial como da agricultura.

A expectativa do país asiático também é alta. O jornal Global Times, ligado ao Partido Comunista Chinês, afirmou em texto da última sexta-feira (17) que a visita busca “intensificar os laços econômicos em meio à turbulência global”.

Pan Deng, especialista da Universidade Chinesa de Ciência Política e Direito ouvido pela publicação, descreveu Lula como “um velho amigo da China”.

A viagem será acompanhada de uma comitiva de 102 nomes do setor empresarial, organizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.