• A velha promessa de trabalho como modelo ou bailarina é o ponto-chave para capturar as mulheres

A colombiana Marcela Loaiza conseguiu fugir e se converteu
em uma ativista internacional contra o tráfico humano.

O país asiático é destino de dezenas de jovens latino-americanas e brasileiras que são enganadas por traficantes sexuais sob a promessa de carreiras como “modelo” ou “bailarina”. Os relatos evidenciam maus-tratos, abusos sexuais e muita dificuldade em voltar à vida como ela era antes.

Uma delas, Marcela Loaiza, jovem que, assim como outras mulheres latino-americanas – inclusive brasileiras -, foi sexualmente explorada no Japão por uma rede de criminosos que engana as jovens prometendo a elas carreiras bem-sucedidas como modelos ou bailarinas no país asiático.

Quando chegou ao Japão e recebeu ordem para se prostituir, Marcela tentou explicar que havia alguma confusão e que chamaria a polícia, mas ouviu: “Pode chamar, mas não garantimos que você vai chegar a tempo para o enterro da sua filha”.

Nem ela nem suas colegas faziam ideia de que seriam parte de uma grande rede de tráfico internacional de pessoas.
As mulheres eram obrigadas a entregar o dinheiro que recebiam dos clientes. “Eles sempre pagavam no hotel ou no local onde nos levavam, mas às vezes nos davam gorjetas e até isso (os cafetões) tiravam de nós.”

Ela tinha uma cota a cumprir. Ali começou uma lei: ‘aquela que descobrirmos que esconde dinheiro terá seus genitais queimados’. Eu não passei por isso, mas assisti. Nunca me atrevi (a esconder dinheiro) porque tinha muito medo.”

Um tempo depois, com a ajuda de um cliente e uma das companheiras, Marcela conseguiu fugir e se converteu em uma ativista internacional contra o tráfico humano.
A ativista japonesa de direitos humanos Shihoko Fujiwara é fundadora da Lighthouse, ONG que combate o tráfico de pessoas no Japão desde 2004 e explica que, quando a economia japonesa passou por um boom, na década de 1970, “os homens japoneses começaram a viajar ao exterior para comprar serviços sexuais de mulheres”.

E, ao final dos anos 1990 e na década seguinte, “vimos chegarem várias mulheres da Colômbia e de outras partes da América Latina”, disse. Com informações da BBC News.

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Fonte: Gazeta News