A China proibiu as mulheres de mostrarem o corpo nas redes sociais – mesmo quando o fazem em trabalho. No caso, faziam-nos durante transmissões ao vivo de venda de roupa, como de roupa íntima. 

Agora, são os homens quem fazem as vendas. Este é só mais um exemplo de como a rigorosa censura na China chega a todos os cantos. 

O país tem um histórico de bloqueio não apenas de informações politicamente sensíveis, mas também de imagens de corpos de mulheres considerados conteúdo obsceno. 

Segundo a CNN, várias empresas especializadas na venda de lingerie por meio de transmissão ao vivo viram os seus diretos interrompidos por terem mulheres como modelos. 

Durante uma das transmissões, Xu, dono de uma marca de roupa, garantiu que a solução de usar corpos masculinos prende-se com o respeito da lei. “Isto não é uma tentativa de sarcasmo. Todos estão levando muito a sério o cumprimento das regras”, disse, ao mesmo meio.

O surgimento de modelos masculinos de lingerie causou opiniões divergentes na China, desde alegria e aborrecimento até aceitação relutante.

No Douyin, a versão chinesa do TikTok, modelos femininas contornaram a censura vestindo a lingerie por cima de outras peças de roupa. Outros usam manequins. 

Em 2015, a China liderou uma repressão aos programas de televisão que expunham o decote das atrizes, forçando algumas produções a fazer zoom nos rostos para evitar problemas com as autoridades de transmissão.