O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, condenou, na tarde desta sexta-feira (8), o ataque russo à estação ferroviária de Kramatorsk, a leste na Ucrânia, onde morreram pelo menos 50 pessoas entre cerca de quatro mil que aguardavam para fugir do país.

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Numa conferência de imprensa ao lado do chanceler alemão, Olaf Scholz, em Downing Street, Johnson falou em “horror e repulsa” pela “brutalidade lançada” sobre a Ucrânia.

O primeiro-ministro do Reino Unido também considerou que o ataque demonstrou “as profundezas nas quais o exército de Putin se afundou”.

“É um crime de guerra atacar indiscriminadamente civis e os crimes na Ucrânia não ficarão impunes“, garantiu Johnson.

Sobre Vladimir Putin, Boris Johnson disse que Putin “tem de cair”, ecoando o discurso de Joe Biden na Polônia, no início de abril, quando presidente dos Estados Unidos pediu a saída de Putin do Kremlin.

O líder britânico, aproveitando a presença de Scholz, elogiou também os esforços da União Europeia rumo ao fim da dependência da energia russa, começando com o embargo ao carvão russo.

“Isto não é fácil para nenhum de nós e eu aplaudo as decisões sísmicas tomadas pelo governo do Olaf para encaminhar a Alemanha para fora da energia russa”, salientou

Durante a conferência de imprensa, Johnson anunciou que o Reino Unido vai enviar mais 100 milhões de libras (120 milhões de euros) em armamento para a Ucrânia, além de proteção militar. Para o também líder do Partido Conservador britânico, defender a Ucrânia é também uma defesa do continente europeu.

“A Europa que conhecíamos há seis semanas já não existe. A invasão de Putin ataca todas as fundações da segurança do nosso continente, mas a sua ambição para nos dividir falhou. Pelo contrário, ele teve sucesso em unir a Europa e toda a aliança transatlântica no apoio à Ucrânia”, rematou o primeiro-ministro.