Em 2018, 2.856 brasileiros foram impedidos de entrar em Portugal. O número, maior que o dobro dos barrados em 2017 (1.336), é um recorde. Em 2016, quando a onda de imigração começava a crescer, 968 foram mandados de volta ao Brasil.

Os dados são do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) de Portugal, e foram divulgados pelo Jornal de Notícias, da cidade do Porto. É a quinta alta consecutiva do número de rejeitados ao tentar entrar no país europeu, segundo o jornal.

Ao todo, o número de estrangeiros barrados em Portugal cresceu 74% no ano passado. Foram 3,8 mil pessoas, sendo a maioria brasileiros –o maior número desde 2010. Para especialistas, o aumento reflete a pressão dos demais países da União Europeia para que a entrada de estrangeiros no continente seja limitada.

Como vem sendo mostrado nos últimos anos, os casos mais comuns de proibição à entrada são de suspeita de que o motivo da viagem não é de fato aquele que é expresso –por exemplo, pessoas que têm visto de estudante, mas buscam trabalho– ou a falta de um motivo para estar em Portugal.

Um representante da entidade responsável pelo controle afirmou ao “Jornal de Notícias” que o número de barrados é baixo, se comparado ao ingresso de pessoas no país –foram aproximadamente 8 milhões no ano passado. Aqueles que são impedidos de entrar são deportados ao país de origem.

O site do SEF estabelece que, para entrada em território português, os cidadãos estrangeiros precisam cumprir os seguintes pré-requisitos: ser portador de documento de viagem com validade superior, pelo menos em 3 meses, à duração da estada pretendida; possuir um visto válido e adequado à finalidade da estada; dispor de meios de subsistência suficientes para o período da estada; não estar inscrito no Sistema Integrado de Informação do SEF nem no Sistema de Informação Schengen.

Os brasileiros são 76% dos que têm a entrada proibida e não são poucos os casos relatados nas redes sociais de brasileiros que não conseguiram entrar no país.

Como por exemplo o caso de um baiano que há duas semanas escreveu em um grupo de brasileiros que moram em Portugal reclamando do tratamento que teve ao passar pela imigração portuguesa. Formado em Marketing, o publicitário disse que mesmo apresentando dinheiro suficiente para custear a estadia, as reservas de hotéis e roteiros, dizendo que ia encontrar com amigos, os agentes não acreditaram que ele estava indo somente a passeio. “Eles me fizeram várias perguntas e pediram os documentos. Eu estava sozinho. Foram mais de três horas e eu estava exausto. Talvez o fato de eu dizer que tenho amigos que moram tenha sido pior porque pensaram que eu iria ficar”, relatou aborrecido.

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Fonte: Gazeta News