Muitos dos imigrantes da América Central que faziam fila em um escritório de apoio a refugiados no sul do México disseram que podem abandonar seus planos de chegar aos Estados Unidos, ficando no México, se o presidente Donald Trump, aumentar a repressão contra a imigração.

O México está intensificando a segurança em sua fronteira sul com a Guatemala, como parte de um acordo com Washington, depois que Trump ameaçou impor tarifas aos produtos mexicanos caso o governo de Andrés Manuel López Obrador não contivesse o fluxo de imigrantes que alcançam os EUA.

O México concordou também em ampliar um programa iniciado em janeiro que obriga os imigrantes a esperarem no México pelo resultado de pedidos de asilo nos EUA. Na semana passada, os Estados Unidos começaram a aumentar o ritmo de retorno dos solicitantes de asilo para o México. Além disso, caso o México não contenha os fluxos imigratórios até meados de julho, deve se tornar um “terceiro país seguro”, onde os solicitantes de asilo teriam que se refugiar em vez de irem para os EUA.

No estado de Chiapas, no sul do México, o sobrecarregado escritório de ajuda a refugiados, chamado Comar, na cidade de Tapachula, tem observado um aumento nos pedidos de asilo. Esse é um dos três escritórios do tipo no país. As pessoas que esperavam na fila do lado de fora do Comar disseram que se arriscariam a ficar no México caso a única alternativa fosse retornar para uma América Central assolada pela violência. Milhares de famílias fugiram da pobreza e da criminalidade sem controle em Honduras, El Salvador e Guatemala no último ano, atravessando o México em direção aos EUA.

Fonte: Brazilian Press