Júlia Isabel Amparo Medina caminhava para a escola em companhia do irmão Oscar, de 14 anos, quando foi detida por agentes da CBP
As autoridades migratórias prenderam na fronteira entre os EUA e México uma cidadã americana de 9 anos de idade durante 32 horas, sem a presença dos pais, para confirmar a identidade e cidadania dela. O comunicado foi divulgado pelo Departamento de Patrulha na Fronteira (CBP). A mãe da menina disse ao canal de TV local NBC San Diego (CA) que a filha dela e o filho atravessaram o posto da Alfândega em San Ysidro para irem à escola. Devido ao engarrafamento, um amigo da família que levava as crianças de carro permitiu que elas caminhassem para não chegarem atrasadas às aulas.
Ambas as crianças portavam cédulas de passaporte, mas somente o adolescente Oscar Amparo Medina, de 14 anos, foi permitido entrar nos EUA, enquanto irmã caçula, Júlia Isabel Amparo Medina, foi detida, relatou o CBP. O órgão alegou que a criança de 9 anos de idade havia provido “informações inconsistentes durante o interrogatório”. A menina foi detida às 10:15 da manhã e liberada para a mãe dela, Thelma Galaxia, na terça-feira (19), às 6:30 pm.
“É importante que os agentes do CBP confirmem positivamente a identidade de uma criança que viagem sem a companhia de um adulto ou guardião”, informou o CBP.
As autoridades na fronteira têm sido alvo de críticas intensas, especialmente em San Diego, que tem sido utilizada como local de testes de muros que o Presidente Donald Trump planeja construir ao longo da fronteira dos EUA com o México. Primeiramente implementado no ponto de entrada em San Ysidro, o novo plano exige que os solicitantes de asilo retornem enquanto esperam audiências nos tribunais.
A nova política visa combater o fluxo recente de solicitantes de asilo naturais da América Central na fronteira sul dos EUA. Isso não se aplica aos cidadãos mexicanos que são permitidos a esperar no país durante o andamento dos casos.
Fonte: Brazilian Voice