O Governo Joe Biden anunciou, esta sexta-feira, que vai reativar a política anti-imigração nas fronteiras da era Trump, que forçou milhares de requerentes de asilo a aguardarem a conclusão dos seus processos no México, muitas vezes durante longos períodos e em condições precárias e perigosas.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, suspendeu esta política anti-imigração, conhecida como “Remain in Mexico”, em finais de janeiro, dias depois de ter tomado posse. Mas agora, um juiz federal ordenou à sua Administração que reativasse o programa, pode ler-se no jornal The Guardian.

Na primeira decisão, em agosto deste ano, o tribunal ordenou à Administração democrata que restaurasse esta política da era Trump, a pedido dos estados do Texas e do Missouri, mas esta não acatou a decisão.

Agora, uma ordem do Supremo Tribunal fez o Executivo mudar de atitude, mas o Departamento de justiça dos EUA já avisou que a reintegração do programa está dependente da aprovação do Governo mexicano. Segundo o jornal britânico, espera-se que o programa entre novamente em vigor em meados de novembro.

Donald Trump introduziu o programa “Remain in Mexico” em janeiro de 2019 e, desde então, estima-se que pelo menos 70 mil requerentes de asilo tenham sido obrigados a ficar no lado da fronteira mexicana, muitas vezes durante longos períodos de tempo e sujeitos a condições precárias e perigosas, enquanto aguardavam a conclusão dos seus processos nos tribunais norte-americanos.

De acordo com o jornal Washington Post, fontes da Administração norte-americana avançam que já foram assinados contratos para reabrir os chamados “tribunais em tendas” nas fronteiras em Laredo e Brownsville, no Texas, onde os requerentes de asilo vão ser presentes a audiências por videoconferência, tal como ocorreu no Governo do Presidente republicano. A decisão vai custar cerca de 14 milhões de dólares. Além desta política de Trump que vai agora ser restabelecida, lembra o jornal norte-americano, a Administração Biden também continua a usar a chamada política Title 42, que permite a expulsão imediata de migrantes justificada com a pandemia da covid-19. // Fonte: ZAP.

Fonte: Brazilian Press