Os shoppings centers devem ter um crescimento nas vendas no Natal de até 12% em 2021, segundo o presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop), Nabil Sahyoun. Em entrevista à CNN neste domingo (19), ele falou sobre o cenário para o setor no fim de ano.

“Todo ano, mesmo em época de dificuldade, sempre o Natal tem se superado, principalmente agora em razão da pandemia, por vários motivos”, afirmou Sahyoun. Com isso, a Alshop projeta um crescimento entre 10% a 12% em relação a 2020.

Entre os fatores que devem ajudar o setor, ele cita o fato da festa ser “a mais importante das famílias brasileiras, além de que as pessoas durante a pandemia deixaram de viajar, existe uma demanda reprimida. Tem toda uma programação, nas decorações de Natal, em que as famílias gostam de ir no shopping center passear, e acabam acontecendo as compras dentro desses shoppings, até porque com os protocolos, todos preocupados com a segurança sanitária, os shoppings são especialistas nessa área, com mais de 20 procedimentos”.

Outro elemento importante para a data são as contratações temporárias para ajudar a demanda a demanda maior de clientes. “Nós tivemos esse ano 70 mil contratados nos 606 shoppings no Brasil, e por volta de 15%, 20% se transformam em empregos permanentes, é uma boa oportunidade, se você tiver uma boa atuação, e um bom desempenho, pode se transformar de temporário para permanente”, afirma Sahyoun.

Segundo ele, a expectativa é que o setor de vestuário, com mais de 50% das lojas em shoppings, seja o com mais vendas, seguido pelo de brinquedos, perfumes, cosméticos e calçados.

Sahyoun também disse que o perído entre o Natal e o Réveillon deve oferecer boas oportunidades para consumidores e ajudar as vendas no setor. “Muita gente acabou deixando para o dia 26 muitas compras, porque sabem que depois do Natal, até o dia 30, tem um movimento muito bom”.

“Primeiro, tem o movimento de trocas, em que acaba comprando também para viagens de janeiro e Réveillon, gera um fluxo muito grande. Existem promoções, as grandes cadeias, para fechamento de balanço, acabam fazendo liquidações que chegam até 40%, 50%, então é um movimento bem expressivo e tem acontecido nos últimos anos”, afirma.

Um levantamento da Alshop também aponta que a 49% dos pagamentos são à vista, seguidos por pagamentos com cartão de débito. Uma novidade do setor é o pagamento via Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central.

Para 2022, Sahyoun afirma que “nós temos uma incógnita muito grande. Claro que em época de crise tem grandes oportunidades de fazer bons negócios. Tem muitas marcas de varejo que estão, principalmente as grandes, e elas buscam oportunidades. No segmento de varejo, quem aproveitar oportunidades vai ter um bom desempenho”.

O setor varejista é um setor sempre otimista”, diz o presidente da Alshop, citando uma recuperação do fluxo de pessoas nos shoppings em relação ao período pré-pandemia. Nesse sentido, a perspectiva para 2022 “é razoável, não é pessimista”.

“A gente entende que em ano de eleição o governo costuma trabalhar com incentivos à geração de empregos, com projetos para facilitar a vida do empresário, e a gente acredita nesse movimento razoável, de um crescimento que deveremos ter”. diz.

Fonte: CNN Brasil