As ameaças militares da China contra Taiwan só aumentarão o apoio à ilha dos Estados Unidos e de outras democracias, disse o Ministério das Relações Exteriores depois que a as forças chinesas realizaram exercícios militares nas proximidades enquanto senadores dos EUA visitavam Taipei.

Pequim culpou os legisladores americanos, que incluíam o presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, Bob Menendez, por aumentar as tensões com sua viagem “provocativa”. A China afirma que Taiwan, democraticamente governada, faz parte de seu próprio território.

Em um comunicado divulgado na sexta-feira (15), o Ministério das Relações Exteriores de Taiwan condenou a reação “ridícula” da China à visita.

“A ameaça de força do governo totalitário do Partido Comunista Chinês contra Taiwan só fortalecerá a vontade do povo taiwanês de defender a liberdade e a democracia, e também atrairá o apoio dos Estados Unidos e de parceiros ainda mais democráticos para Taiwan”, afirma o documento.

Taiwan continuará a aprofundar a cooperação com os EUA e outros países com ideias semelhantes para defender a região livre e aberta do Indo-Pacífico e impedir a “expansão contínua” da China, disse o ministério.

O senador Ben Sasse, um dos seis parlamentares americanos que visitaram a ilha e se encontraram com a presidente Tsai Ing-wen, disse em comunicado que a China não pode intimidar os Estados Unidos ou seus representantes eleitos.

“O povo americano não tem amor por tiranos e, em vez disso, apoia instintivamente o povo de Taiwan, que ama a liberdade”, disse ele.

Taiwan foi encorajada pelo apoio dos EUA oferecido pelo governo Biden, que falou repetidamente de seu compromisso “sólido” com o território. Embora os Estados Unidos não tenham relações diplomáticas formais com Taiwan, são o mais importante apoiador internacional e fornecedor de armas da ilha.

O governo de Taiwan diz que apenas os 23 milhões de habitantes da ilha podem decidir seu futuro.

Em uma mensagem de vídeo pré-gravada para um fórum organizado por grupos de independência de Taiwan neste sábado (16), Tsai disse que a invasão da Ucrânia pela Rússia mostrou a ameaça que as democracias enfrentam do autoritarismo.

“A posição de Taiwan é defender a soberania, defender a democracia, apoiar os países que pensam da mesma forma, ajudar uns aos outros e contribuir com nossa força”, disse ela.

Fonte: CNN Brasil