A secretaria de Estado para Assuntos Econômicos da Suíça (SECO), Marie-Gabrielle Ineichen-Fleisch, disse que o país neutro deve implementar quaisquer medidas punitivas que a União Europeia lance contra a China caso Pequim invada Taiwan.

A China vem intensificando a atividade militar em torno de Taiwan, buscando pressionar o governo democraticamente eleito de lá a aceitar a soberania chinesa. O governo de Taiwan diz que apenas os 23 milhões de habitantes da ilha podem decidir seu futuro e que, embora queira a paz, se defenderá caso seja atacado.

Questionada pelo jornal Neue Zuercher Zeitung se a Suíça adotaria sanções da UE contra a China nesse caso, Ineichen-Fleischdisse: “Acredito fortemente que adotaríamos tais sanções”.

“No entanto, no caso da China, as sanções seriam muito mais drásticas (do que foram contra a Rússia) porque as relações econômicas são muito mais importantes. Portanto, provavelmente haveria discussões maiores na UE e nos Estados Unidos, bem como na Suíça, do que havia na questão da Rússia. Mas eu espero que nunca chegue a isso”, afirmou.

Ineichen-Fleisch defendeu o histórico da Suíça de adotar as sanções da UE contra indivíduos e empresas russas pela invasão à Ucrânia em fevereiro.

A pressão aumentou na Suíça — um destino popular para a elite de Moscou e um local de retenção para a riqueza russa — para identificar e congelar rapidamente os bens de centenas de russos sancionados.

A partir deste mês, a Suíça congelou 6,7 bilhões de francos suíços (R$ 36,40 bilhões) em ativos financeiros russos e 15 propriedades, e Ineichen-Fleisch disse que é improvável que esse número mude muito.

“Nós da SECO não temos indicação de que existam muitos bens de pessoas sancionadas que ainda não foram encontrados”, apontou ela.

Fonte: CNN Brasil