O Supremo Tribunal Federal (STF) emitiu na quarta-feira (22) um comunicado que dá 48 horas para que o presidente Jair Bolsonaro (PL) explique as ameaças feitas pelo presidente em uma live de expor nomes de servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que atuaram na autorização do uso da vacina da Pfizer contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos no Brasil.

Despacho foi assinado pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. No pedido, Moraes também solicita que o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, explique o que aconteceu. Desde o dia 17 de dezembro, a Anvisa recebeu mais de 150 ameaças por e-mail.

Entenda o caso

Em transmissão ao vivo, realizada no dia 16 de dezembro, Bolsonaro disse que pediu o nome dos integrantes da agência que aprovaram a autorização do uso da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos no Brasil, para que sejam divulgados.

“A Anvisa não está subordinada a mim, vamos deixar bem claro isso, não interfiro lá, mas pedi extraoficialmente o nome de quem autorizou a vacina para crianças a partir de cinco anos. Queremos divulgar o nome dessas pessoas para que todo mundo tome conhecimento de quem são e forme seu juízo”, disse o presidente.

No dia 17, a Anvisa publicou uma nota em resposta às declarações do presidente Bolsonaro. Em resposta, a Anvisa informou que “seu ambiente de trabalho é isento de pressões internas e avesso a pressões externas”.

Fonte: CNN Brasil