O Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, pediu um cessar-fogo imediato na Ucrânia ao falar por telefone com seu homólogo russo Sergei Shoigu na sexta-feira (14), primeira conversa desde a invasão russa da Ucrânia, disse o Pentágono.

Austin tentou várias vezes tentar falar com Shoigu desde que a invasão começou há quase três meses, mas as autoridades disseram que Moscou parecia desinteressada.

Austin enfatizou a importância de manter as linhas de comunicação, disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby, em uma declaração.

Um funcionário americano, falando na condição de anonimato, disse que a chamada, que foi solicitada por Austin, durou cerca de uma hora, mas não resolveu nenhum problema específico ou trouxe mudanças diretas no que os russos estão fazendo na Ucrânia.

O oficial descreveu o tom da chamada como “profissional”.

A agência russa de notícias TASS citou o Ministério da Defesa russo como dizendo que a chamada aconteceu “por iniciativa do lado americano”. “Foram discutidas questões atuais de segurança internacional, incluindo a situação na Ucrânia”, disse a TASS, citando o ministério.

Os Estados Unidos e a Rússia estabeleceram uma linha direta desde a invasão, que Moscou chama de “operação militar especial”, para evitar erros de cálculo e qualquer alargamento do conflito.

A linha direta “desconflito” é uma linha telefônica aberta baseada no quartel-general do Comando Europeu e está sob a responsabilidade do General da Força Aérea Tod Wolters, que lidera todas as forças americanas na Europa.

Desde que a guerra começou, os Estados Unidos enviaram cerca de US$ 3,8 bilhões em armas e, no início desta semana, a Câmara de Representantes dos EUA aprovou mais de US$ 40 bilhões a mais de ajuda para a Ucrânia. O Senado ainda não aprovou a medida.

A guerra matou milhares de civis, forçou milhões de pessoas de suas casas e reduziu as cidades a escombros. Moscou tem pouco a mostrar para além de uma faixa de território no sul e ganhos marginais no leste da Ucrânia, incluindo a região de Donbass.

Fonte: CNN Brasil