O Ministério da Saúde informou, nesta sexta-feira (21), que foi notificado e acompanhou a investigação conduzida pelo Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo na quinta-feira (20), que concluiu que vacina contra Covid-19 não causou parada cardíaca em uma criança de dez anos, em Lençóis Paulista.

A investigação foi feita por mais de dez especialistas e apontou que a criança possuía uma doença congênita rara.

A pasta disse em nota que a paciente tem uma alteração no eletrocardiograma, característica da síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW).

A doença é uma condição congênita que leva o coração a ter crises de taquicardia e é a mais comum causa de morte súbita por arritmia ventricular.

Em nota, o Ministério da Saúde explicou que a síndrome de Wolff-Parkinson-White, até então não diagnosticada e desconhecida pela família, levou a criança a ter uma crise de taquicardia, que resultou em instabilidade na circulação sanguínea.

O texto diz que o Ministério da Saúde segue monitorando a ocorrência dos eventos adversos pós-vacinação em parceria com as secretarias municipais e estaduais.

Segundo a pasta, os registros de eventos adversos são notificados no Sistema e-SUS pelos profissionais de saúde da rede pública, incluindo erros de imunização, seguindo o padrão estabelecido.

Relembre o caso

Uma criança apresentou alterações em batimentos cardíacos. Segundo relatos dos pais, chegou a desmaiar 12 horas após a aplicação da vacina. Ela foi levada à rede de saúde particular para atendimento, em Botucatu, onde permanece estável e sob observação, de acordo com a família.

A investigação do caso foi feita por mais de dez especialistas e apontou que a criança possuía uma doença congênita rara, desconhecida até então pela família, que desencadeou o quadro clínico. “Não existe relação causal entre a vacinação e quadro clínico apresentado”, afirma o órgão em nota.

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo reforçou ainda a importância da vacinação e reafirmou “que todos os imunizantes aprovados pela Anvisa são seguros e eficazes”.

Fonte: CNN Brasil