O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) começa nesta terça-feira (21) a reunião para decidir sobre a taxa básica de juros, Selic.

Este será o segundo encontro do comitê após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e ocorrerá em meio a pressões para a redução da taxa. A reunião continua na quarta-feira (22), quando é anunciada, após o fechamento do mercado, a decisão do grupo.

A última vez que o Copom seu reuniu foi em fevereiro, quando decidiu pela manutenção da taxa em 13,75% ao ano, patamar que está desde agosto de 2022, o maior nível desde dezembro de 2016.

Desde que assumiu, Lula vem criticando a taxa de juros no país e o Banco Central, presidido por Roberto Campos Neto. “Não tem explicação para que a taxa de juros esteja no patamar atual”, disse o chefe do Executivo em uma de suas críticas.

“O problema não é o Banco Central independente ou ligado ao governo. O problema é que o Brasil tem uma cultura de juros altos”, continuou.

Em entrevista exclusiva à CNN, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, questionou como seria possível fazer uma política fiscal saudável com a atual taxa de juros, que derruba a arrecadação e enfraquece a economia.

Para o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), “não há nada que justifique ter 8% de taxa de juros real, acima da inflação, quando não há demanda explodindo e, de outro lado, no mundo inteiro, há praticamente juros negativos.

Boletim Focus

Na segunda-feira (20), o mercado financeiro reduziu marginalmente a previsão para a inflação, medida pelo IPCA, em 2023, segundo boletim Focus. A previsão para o índice foi para 5,95% ante 5,96% da semana passada.

Ainda segundo o boletim, a taxa Selic deve encerrar o ano em 12,75%, mesmo valor previsto na semana anterior.

Fonte: CNN Brasil