O presidente da Rússia, Vladimir Putin, parabenizou Emmanuel Macron, nesta segunda-feira (25), por sua reeleição como presidente da França.

“Desejo sinceramente sucesso em suas atividades de Estado, bem como boa saúde e bem-estar”, disse em um comunicado divulgado pelo Kremlin.

Emmanuel Macron venceu a eleição presidencial da França neste domingo (24), defendendo um desafio histórico da candidata de extrema-direita Marine Le Pen durante o segundo turno.

Macron obteve 58,55% dos votos, tornando-se o primeiro líder francês a ser reeleito em 20 anos. Ele e Le Pen avançaram para o segundo turno depois de terminarem em primeiro e segundo lugar, respectivamente, entre 12 candidatos que concorreram no primeiro turno em 10 de abril.

Embora a disputa tenha sido uma revanche do segundo turno presidencial francês de 2017, grande parte da Europa assistiu à eleição com desconforto.

A presidência de Le Pen teria mudado fundamentalmente o relacionamento da França com a União Europeia e o Ocidente, em um momento em que o bloco e seus aliados confiam em Paris para assumir um papel de liderança no enfrentamento de alguns dos maiores desafios do mundo – principalmente a guerra na Ucrânia.

E apesar do discurso de Macron para os eleitores de uma França globalizada e economicamente liberal à frente de uma União Europeia musculosa tenha vencido a visão de Le Pen de uma mudança radical para dentro, os 41,45% dos eleitores que votaram nela colocaram a extrema-direita francesa mais perto do presidência do que nunca.

Em seu discurso de vitória, Macron prometeu ser o “presidente de cada um de vocês”. Ele, então, agradeceu a seus apoiadores e reconheceu que muitos, como em 2017, votaram nele simplesmente para bloquear a extrema-direita.

Macron disse que seu segundo mandato não seria uma continuação do primeiro, comprometendo-se a resolver todos os problemas atuais da França.

Ele também se dirigiu àqueles que apoiaram Le Pen diretamente, dizendo que ele, como presidente, deve encontrar uma resposta para “a raiva e as divergências” que os levaram a votar na extrema-direita. “Será minha responsabilidade e de quem me cerca”, disse Macron.

Le Pen fez um discurso de concessão meia hora após a primeira projeção, falando com seus apoiadores reunidos em um pavilhão no Bois de Boulogne, no oeste de Paris.
“Um grande vento de liberdade poderia ter soprado sobre nosso país, mas as urnas decidiram o contrário”, disse Le Pen.

Ainda assim, Le Pen reconheceu o fato de que a extrema-direita nunca teve um desempenho tão bom em uma eleição presidencial. Ela chamou o resultado de “histórico” e uma “vitória brilhante” que colocou seu partido político “em uma excelente posição” para as eleições parlamentares de junho. “O jogo ainda não acabou”, disse ela.

Este conteúdo foi criado originalmente em espanhol.

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Fonte: CNN Brasil