A ex-procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, disse que aceita a demissão feita pelo presidente Volodymyr Zelensky, mas nega que qualquer traidor tenha trabalhado em seu escritório.

Em uma entrevista exclusiva a Nic Robertson, da CNN, nesta terça-feira (19), em Kiev, Venediktova pontuou: “Aqui no meu escritório não podemos ter traidores, porque a traição é apenas das pessoas que trabalharam em território ocupado. Aqui não é território ocupado.”

Ela disse que uma das principais prioridades de seu escritório era trabalhar nos problemas de traição do Estado e delatores, e que tinha sido muito aberta sobre isso.

Quando perguntaram a Venediktova qual era a verdadeira justificativa para sua demissão, ela disse: “Você sabe que meu presidente é político e eu fui o 16º promotor ucraniano durante 30 anos. É realpolitik [termo alemão para políticas baseadas em poder prático, e não considerações morais/éticas] na Ucrânia. Esta é a minha resposta”.

Quando pressionada sobre o assunto, Venediktova deixou claro que não quer debater em público, porque a Rússia pode explorar o discurso. “O presidente, agora, é o chefe em comando. Ele entende a estratégia e tática. E ele toma sua decisão com seus pontos de vista”, destacou.

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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Fonte: CNN Brasil