O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou sua presença na Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha, neste sábado (19), antes de retornar a Kiev no final do dia, informou seu gabinete em comunicado na manhã de hoje.

Zelensky manterá conversas com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, o chanceler alemão Olaf Scholz e a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, disse o comunicado.

“Zelensky espera acordos concretos para fornecer ao nosso país apoio militar e financeiro adicional para fortalecer a resiliência da Ucrânia”, acrescentou.

“Naturalmente, as discussões na Conferência de Segurança de Munique deste ano se concentrarão nas ameaças atuais na Europa Oriental e na situação em torno da Ucrânia. Portanto, a posição de nosso estado deve ser apresentada o suficiente para que os problemas da Ucrânia sejam resolvidos com a participação da Ucrânia”, continua o comunicado.

“A situação na linha de toque em Donbas, na República Autônoma da Crimeia e perto das fronteiras da Ucrânia está sendo analisada por serviços especiais de nosso estado. Há uma análise constante de inteligência e troca de informações com parceiros. A Ucrânia recebe regularmente informações adicionais e atualizadas sobre a atividade das forças russas.”

“A situação no leste do país é completamente controlada pelas forças de segurança e defesa ucranianas.”

Funcionários do governo dos EUA pediram que Zelensky não deixasse Ucrânia

A CNN informou na sexta-feira (18) que funcionários do governo Biden pediram em particular a Zelensky que não deixasse a Ucrânia para visitar Munique, devido a preocupações sobre uma possível incursão da Rússia, de acordo com três funcionários dos EUA e um alto funcionário ucraniano.

“Essa é uma decisão para ele tomar, mas independentemente de qual decisão ele tome, ele encontrará um parceiro forte nos Estados Unidos”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, durante o briefing, quando perguntado se seria sensato Zelensky fazer essa viagem.

Algumas autoridades dos EUA estão preocupadas que, se ele deixar o país, isso possa abrir a porta para a Rússia fazer falsas alegações de que ele fugiu. Embora as autoridades não tenham pedido explicitamente a Zelensky para não fazer a viagem – e tiveram o cuidado de deixar claro que a decisão era dele – essas preocupações foram comunicadas, disse uma das autoridades.

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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Fonte: CNN Brasil