A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou, em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (14), que abriu uma investigação preliminar contra o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), por suposto crime de “rachadinha” em seu gabinete em Brasília.

“Cumprindo-se o procedimento ordinário decorrente da sua qualidade de ‘dominus litis’, este órgão ministerial, tomando ciência dos fatos narrados pelo requerente, instaurou Notícia de Fato destinada à sua averiguação preliminar”, disse a subprocuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, que assina o documento.

Na peça, a PGR informa que notificou o assessor de Alcolumbre apontado como operador desse esquema de desvio de recursos públicos, o servidor Paulo Augusto de Araújo Boudens, para que ele seja ouvido na sexta-feira (17), às 16h, na sede da PGR, para prestar informações sobre o caso.

O ministro Luís Roberto Barroso é o relator do caso no STF. A notícia crime foi apresentada em 29 de outubro ao Supremo pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que participou da CPI da Pandemia. Vieira pediu ao STF que as acusações sejam investigadas após divulgação de reportagem pela revista Veja.

Segundo a Veja, seis funcionárias teriam sido contratadas no gabinete de Alcolumbre, entre 2016 e 2021, com salários de até R$ 14 mil, sob a condição de que ficassem com apenas uma parte do valor.

Em apuração, a CNN confirmou, por meio do extrato de pagamento que consta no site do Senado Federal, que todas as funcionárias receberam salários em cargos comissionados.

Fonte: CNN Brasil